ESG

Apoio:

logo_suvinil_500x252
Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
logo_engie_500X252

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Quase 30% da população global enfrenta subnutrição, e custo de acabar com a fome chega a US$ 4 tri

Conflitos, alterações climáticas e choques econômicos são os principais fatores que levam à fome, segundo estudo da FAO

Distribuição de comida: em 2030, fome pode afetar 582 milhões de pessoas (Andrew Lichtenstein/Corbis/Getty Images)

Distribuição de comida: em 2030, fome pode afetar 582 milhões de pessoas (Andrew Lichtenstein/Corbis/Getty Images)

Rodrigo Caetano
Rodrigo Caetano

Editor ESG

Publicado em 24 de julho de 2024 às 09h00.

Última atualização em 24 de julho de 2024 às 14h07.

Em 2023, aproximadamente 28,9% da população global enfrentava moderada ou severa insegurança alimentar. A prevalência global de subnutrição afetou entre 713 e 757 milhões de indivíduos em todo o mundo. Conflitos, instabilidade climática, crises econômicas, restrições no acesso a alimentos nutritivos e desigualdades persistentes são os principais fatores que contribuem para a insegurança alimentar e a desnutrição.

Os dados são da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e foram divulgados nesta quarta-feira, 24. A África apresenta a maior proporção de sua população vivenciando fome, com 20,4%, seguida pela Ásia, América Latina e Caribe e Oceania. Estima-se que, em 2030, cerca de 582 milhões de pessoas estarão cronicamente subnutridas, sendo a maioria delas (53%) na África. A falta de avanços na segurança alimentar e a disparidade no acesso a dietas saudáveis ressaltam a urgência em transformar os sistemas agroalimentares para alcançar a meta de Fome Zero até 2030.

Metas distantes

O mundo se encontra atualmente aquém das metas 2.1 e 2.2 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que visam erradicar a fome, a insegurança alimentar e todas as formas de desnutrição. Pouco progresso foi observado na redução do baixo peso ao nascer e da desnutrição aguda em crianças, enquanto a taxa de amamentação exclusiva, embora em ascensão, ainda está distante da meta estabelecida para 2030. Adicionalmente, a anemia em mulheres e a obesidade em adultos continuam a crescer, evidenciando a dupla carga da subnutrição e sobrepeso/obesidade.

Estudos sugerem que entre 176 bilhões e 3,97 trilhões de dólares seriam necessários até 2030 para eliminar a subnutrição, juntamente com 90 bilhões de dólares adicionais para atingir metas específicas de desnutrição em escala global. Considerando a implementação de políticas transformadoras para aumentar a acessibilidade a dietas saudáveis, os custos podem chegar a 15,4 trilhões de dólares. Apesar do elevado investimento, a alternativa de inação acarretaria custos ainda mais significativos.

Os sistemas alimentares e de uso da terra demandaram 12 trilhões de dólares em 2018, com projeções indicando que os custos relacionados à saúde e dietas excederão 1,3 trilhão de dólares anualmente até o final da década. A alocação eficiente, equitativa e sustentável dos recursos representa um desafio para os governos. Uma reorientação do apoio à agricultura a nível global, que obteve uma média de 630 bilhões de dólares ao ano entre 2013 e 2018, pode contribuir para tornar as dietas saudáveis mais acessíveis.

Acompanhe tudo sobre:FomeONUExame na Assembleia Geral

Mais de ESG

Caso Silvio Almeida: Uma tragédia para todos nós

Saiba as perspectivas do Brasil e do mundo na geração de energia elétrica com eólica offshore

Rio Grande do Sul aposta em resiliência climática e mira investimentos na COP29

Brasil e Azerbaijão alinham estratégias para destravar financiamento climático na COP29

Mais na Exame