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Qual a pegada de carbono do chocolate? Dengo passa a monitorar toda cadeia e mira zerar impacto

Nova parceria com a WayCarbon permitirá rastrear emissões do cultivo do cacau ao consumo final e ajudar na descarbonização do setor de alimentos

A dengo 50 lojas distribuídas pelo Brasil e já compra apenas cacau cultivado em sistemas agroflorestais (Dengo Chocolates/Reprodução)

A dengo 50 lojas distribuídas pelo Brasil e já compra apenas cacau cultivado em sistemas agroflorestais (Dengo Chocolates/Reprodução)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 20 de outubro de 2025 às 13h00.

Última atualização em 20 de outubro de 2025 às 17h22.

Do cultivo do cacau pelos produtores ao transporte dos insumos até as embalagens, o setor de alimentos convive com o desafio de descabonizar sua cadeia de fornecedores.

Sem metas claras, o processo produtivo do chocolate pode ser intensivo em emissões de carbono, com impacto especialmente no uso da terra e da água.

O Brasil, sexto maior produtor mundial de cacau, tem planos ambiciosos: o governo federal pretende dobrar a produção e atingir cerca de 400 mil toneladas até 2030.

Foi em busca de uma solução que a Dengo anunciou uma parceria estratégica com a consultoria WayCarbon para aprimorar as emissões de gases de efeito estufa e incluir o monitoramento do escopo 3 para contemplar toda a cadeia de valor.

Fundada em 2017 com o compromisso de estabelecer uma cadeia de negócios mais justa, a fabricante de chocolates realizava inventários apenas do escopo 1 e 2 e identificou a falta de uma peça-chave do quebra-cabeça.

Andresa Silva, Head de Redes e Sustentabilidade da Dengo, explicou que o escopo 3 é especialmente relevante para a indústria alimentícia porque engloba o impacto do todo: cultivo, transporte, embalagens e distribuição para lojas e consumo final pelos clientes.

"Olhar para todos os elos é essencial para construirmos uma estratégia sólida de neutralização e avançarmos em iniciativas que nos permitam caminhar rumo ao carbono positivo", destacou.

Para Lauro Marins, Head de Soluções Digitais e Consultoria da WayCarbon, ressaltou que as emissões e as boas práticas são essenciais para o desenvolvimento sustentável do setor em plena expansão.

"A Dengo atua em alta complexidade por conta dos insumos agrícolas e da alta demanda logística", reconheceu.

Tecnologia para gestão centralizada

Para viabilizar o monitoramento mais robusto, a Dengo passa a adotar uma plataforma digital que realiza a gestão integrada de indicadores climáticos.

A solução permitirá que a empresa, que possui unidades de produção e mais de 50 lojas distribuídas pelo Brasil, centralize dados e resultados.

"A gestão sistematizada das emissões permitirá a identificação ágil de pontos críticos em relação à operação. A partir do monitoramento, será possível direcionar ações estratégicas na busca por novas oportunidades de redução de impacto", explicou Marins.

Da transparência à ambição climática

A Dengo já adota práticas regenerativas como a compra apenas cacau cultivado em sistemas agroflorestais, 100% livre de desmatamento, com rastreabilidade total.

Segundo a companhia, a transparência é apenas o ponto de partida.

"Estamos muito felizes com a parceria, que trará robustez estratégica e tecnológica ao nosso inventário de emissões", destacou Andressa.

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