ESG

Patrocínio:

espro_fa64bd

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Presidência da COP29 publica textos finais da agenda de ação climática em Baku

As declarações e compromissos guiam governos, empresas e sociedade civil para desempenharem seu papel crucial na resposta global à crise do século e impulsionarem ações urgentes

Mukhtar Babayev, Ministro da Ecologia e Recursos Naturais da República do Azerbaijão e presidente da COP29, assina o texto final (COP29/Divulgação)

Mukhtar Babayev, Ministro da Ecologia e Recursos Naturais da República do Azerbaijão e presidente da COP29, assina o texto final (COP29/Divulgação)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 21 de outubro de 2024 às 11h43.

Última atualização em 21 de outubro de 2024 às 11h48.

Em meio a um cenário mundial marcado por conflitos e guerras na Ucrânia, Israel, Líbano e países vizinhos, a COP29 faz um chamado pela paz. O "apelo de trégua" é um dos destaques dos textos finais de Declarações e Compromissos publicados nesta segunda-feira (21) pela Presidência da COP29 e assinada por Mukhtar Babayev, Ministro da Ecologia e Recursos Naturais da República do Azerbaijão.

A 29º da Cúpula do Clima, realizada em Baku de 11 a 22 de novembro, será uma oportunidade para que os atores globais endossem os documentos, lançados oficialmente durante o grande evento. Neste ano, uma discussão está em foco: o financiamento climático global, pensando em fornecer recursos de países em desenvolvimento para os mais vulneráveis combaterem a crise do clima. Nos últimos cinco anos, o valor que era inicialmente de US$ 100 bilhões, já se mostrou insuficiente para resolver as questões urgentes do mundo e se conectam com a (in)justiça climática. 

Ao mesmo tempo que os países concordaram em se afastar dos combustíveis fósseis na última COP em Dubai, o  Azerbaijão é um grande produtor de gás e petróleo e levanta ambiguidades. Em falas recentes, o presidente da COP29 chegou a defender o uso do combustível fóssil para a transição energética e acenou para a sua expansão. 

Em atuação conjunta com as negociações formais da ONU, os textos finais fornecem caminhos adicionais para impulsionar os compromissos e ações de governos, empresas e sociedade civil na resposta global à emergência climática e acelerar os progressos dos objetivos do Acordo de Paris firmado em 2015 -- sendo o principal, limitar o aumento da temperatura do planeta em 1,5°C até 2030.

Durante a conferência, os países também devem atualizar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), planos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. 

Entre as pautas cruciais da agenda, está o "apelo de trégua" -- com o apoio de 127 países e quase 1.100 atores não estatais e clama por uma pausa nos conflitos durante o período da COP para reduzir as emissões de atividades militares.

Além disso, o Compromisso Global de Armazenamento e Redes de Energia, Compromisso de Zonas e Corredores de Energia Verde, Declaração de hidrogênio, Declaração sobre Ação Digital Verde, Declaração sobre a Redução do Metano dos Resíduos Orgânicos, Declaração de Caminhos de Ações Multissetoriais para Cidades Resilientes e Saudáveis. Declaração sobre Ação no Turismo e Declaração sobre Água para Ação Climática.

"Essas declarações e promessas são ferramentas vitais para impulsionar o progresso na ação climática. Eles enviam fortes sinais de mercado, ajudam a direcionar os fluxos financeiros e promovem um senso de responsabilidade compartilhada. Apelo a todas as partes e atores não estatais para endossar os documentos e ajudar a criar impulso antes da COP29", disse o presidente designado da COP29, Mukhtar Babayev, em nota. 

Acompanhe tudo sobre:ESG

Mais de ESG

Brasil pode desperdiçar até US$ 35 bi com nova exploração de petróleo e 85% pode não gerar lucro

Dentro do parque da cidade: o que descobri visitando o futuro palco da COP30, em Belém

Gestores de fundos investem duas vezes mais em combustíveis fósseis do que em energia limpa

ONU vive um dos momentos mais difíceis em décadas, alerta coordenadora no Brasil