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Plastic Bank usa blockchain para reciclagem e gera R$ 2,5 milhões a catadores no Brasil

Em parceria com a IBM, a plataforma da fintech garante a rastreabilidade completa da cadeia do plástico e repassa renda extra a trabalhadores do setor

Os catadores cadastrados no programa recebem uma bonificação por quilo do material entregue em pontos parceiros (Plastic Bank/Divulgação)

Os catadores cadastrados no programa recebem uma bonificação por quilo do material entregue em pontos parceiros (Plastic Bank/Divulgação)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 18h49.

Última atualização em 30 de janeiro de 2025 às 18h51.

Com uma plataforma que usa blockchain para a reciclagem, a Plastic Bank atingiu a marca de R$ 2,5 milhões pagos a catadores de recicláveis no Brasil em cinco anos.

A fintech social utiliza a tecnologia desenvolvida em parceria com a IBM para garantir a rastreabilidade completa da cadeia do plástico e já evitou que mais de 7 bilhões de garrafas pet chegassem aos oceanos. Apenas no Brasil, foram coletadas 350 milhões de unidades.

Fundada em 2013 no Canadá, a empresa atua na  Indonésia, Filipinas, Egito, Camarões e Tailândia e alcançou a marca de 170 mil toneladas de plástico retiradas do ambiente. Os catadores cadastrados no programa recebem uma bonificação por quilo do material entregue em pontos parceiros, elevando suas rendas em até 40%.

Inovação e impacto

A plataforma digital da Plastic Bank usa um sistema privado de blockchain com armazenamento híbrido em servidores na nuvem da IBM e data centers físicos em Londres, na Inglaterra.

Dessa forma, é possível acompanhar em tempo real toda a jornada do plástico, desde a coleta até seu benefício final. O material reciclado é transformado em "Plástico Social" e é reutilizado em novas embalagens e produtos.

Ricardo Araújo, diretor de operações da Plastic Bank no Brasil, afirmou em nota que o uso de tecnologia para garantir a rastreabilidade do plástico ainda é limitado no país, ao mesmo tempo em que assegura seu destino correto e beneficia cooperativas, catadores, recicladores e organizações.

"Empresas que apoiam o ecossistema ganham transparência e segurança ao participar de uma cadeia responsável. No Brasil, ainda há pouca aplicação desse tipo de rastreio, mesmo no mercado de créditos de reciclagem", destacou.

Atualmente, a fintech opera no Brasil nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, com 7 milhões de quilos de plástico encaminhados para reciclagem desde 2019. Ao final de cada mês, os catadores recebem um bônus de cerca de R$ 0,35 por quilo coletado, valor calculado pelo registro de  tokens no aplicativo.

Empresas parceiras

O programa de reciclagem conta com o apoio de mais de 200 empresas, entre elas SC Johnson, Henkel, Wella, P&G, Coca-Cola, L'Oréal e CooperVision. Algumas utilizam o Plástico Social em seus produtos ou participam de iniciativas de compensação. 

Segundo a Plastic Bank, a proposta é se basear na economia circular, reinserindo o plástico no ciclo produtivo e garantindo que o material reciclado tenha a destinação correta.

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