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Estádio de Saint-Denis foi palco da decisão da Copa do Mundo de 1998. (BEN STANSALL/Getty Images)
Redator na Exame
Publicado em 1 de agosto de 2024 às 09h33.
As Olimpíadas de Paris 2024 trazem uma novidade não apenas visual, mas também ecológica: a pista de atletismo roxa, que substitui a tradicional cor vermelha, foi criada com um compromisso firme com a sustentabilidade. A pista foi fabricada com conchas recicladas de moluscos do Mar Mediterrâneo, uma solução inovadora que reflete a meta dos Jogos de reduzir o impacto ambiental. As informações são da Wired.
A Mondo, empresa responsável pelo desenvolvimento da pista, em parceria com a cooperativa de pescadores Nieddittas, optou por utilizar carbonato de cálcio extraído de conchas de mexilhões e amêijoas, ao invés de recorrer à mineração. Esse material, que seria descartado como resíduo, foi processado e transformado em um componente essencial para a fabricação da pista, alinhando a inovação tecnológica com práticas ecológicas.
O projeto, que levou três anos para ser aperfeiçoado, é um exemplo claro de como a indústria do esporte pode contribuir para a sustentabilidade global. A mineração de calcário e mármore, atividades comuns para a extração de carbonato de cálcio, geram impactos ambientais significativos. A utilização de carbonato de cálcio biogênico, por outro lado, oferece uma alternativa mais sustentável, capaz de compensar as emissões de carbono.
Além da inovação em materiais, a Mondo aprimorou a tecnologia da pista desde os Jogos de Tóquio 2020, onde foram estabelecidos novos recordes olímpicos. A expectativa é que a pista de Paris, com sua nova composição, continue essa tradição de excelência e impulsione os atletas a alcançar novos patamares.
As competições de atletismo começam no dia 1º de agosto, e o desempenho dos atletas na pista roxa será um dos pontos altos dos Jogos de Paris. Todos aguardam para ver como essa combinação de tecnologia e sustentabilidade se traduzirá em resultados dentro do estádio olímpico.