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Para bancos e Ministério da Fazenda, há dinheiro para financiamento em práticas sustentáveis

Itaú Unibanco, BID, Banco do Brasil e Ministério da Fazenda se reúnem em painel, promovido pelo Pacto Global da ONU no Brasil, para discutir investimentos em práticas sustentáveis, que garantam a floresta em pé e o retorno financeiro para as comunidades

COP28: executivos discutem a importância da floresta amazônica e como os bancos podem influenciar na preservação (Leandro Fonseca/Exame)

COP28: executivos discutem a importância da floresta amazônica e como os bancos podem influenciar na preservação (Leandro Fonseca/Exame)

Marina Filippe
Marina Filippe

Repórter de ESG

Publicado em 9 de dezembro de 2023 às 08h12.

De Dubai*

Organizações financeiras públicas e privadas estão atentas à COP28, a 28ª edição da Conferências das Partes sobre Mudanças Climáticas. A presença de executivos de bancos e gestoras de investimento aumenta nos corredores e eventos paralelos conforme os discursos sobre a necessidade de financiamento para as práticas de contenção dos efeitos negativos das mudanças climáticas ficam mais estruturadas.

De olho nisto, o Pacto Global da ONU no Brasil reuniu, no evento Transição no Sul Global: Construindo uma Economia Net Zero, executivos do Itaú, Banco do Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento e Ministério da Fazenda. 

“Estávamos olhando como os bancos podem contribuir para o desenvolvimento sustentável. A partir disto, criamos o Plano Amazônia, juntamente com Bradesco e Santander, no qual temos dez eixos de trabalho, construídas a partir de três frentes de atuação identificadas como prioritárias para a região: conservação ambiental e desenvolvimento da bioeconomia; investimento em infraestrutura sustentável; e garantia dos direitos básicos da população da região amazônica", afirmou Luciana Nicola, diretora de relações institucionais e sustentabilidade do Itaú Unibanco. 

Já Milagros Rivas, managing director of advisory services do BID Invest, citou a Coalizão Verde, uma parceria do BID e BNDES para mobilizar entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões ao criar uma plataforma de desenvolvimento sustentável a partir do crédito para micro, pequenas e médias empresas pensando em economia sustentável com o objetivo de manter a floresta amazônica em pé.

“A intenção da coalizão é também ser pragmática sobre o que as empresas precisam fazer para alcançar créditos e práticas sustentáveis”, disse Rivas. 

O vice-presidente de governo e sustentabilidade empresarial do Banco do Brasil, José Ricardo Sasseron, comentou ainda que, atualmente, o problema não é a falta de investimento para esse tipo de iniciativa, mas sim a estruturação de como elas podem ocorrer. "Temos dinheiro para emprestar para essas atividades. Hoje temos cerca de 13 bilhões em financiamento de energia renovável, podendo chegar até 30 bilhões”, afirmou. 

O executivo abordou como o projeto de crédito está diretamente ligado à restauração da floresta. "No Brasil são 850 milhões de hectares em área total, sendo 100 milhões de hectares de áreas degradadas. Temos projetos de crédito para restaurar ou preservar um milhão de hectares”, disse.

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Desenvolvimento da sociobiodiversidade

A discussão no setor financeiro não consiste somente em manter a floresta em pé. Para Fernanda Santiago, assessora especial do Ministério da Fazenda, há a necessidade de regulamentação do mercado de carbono e o impacto social nas comunidades. “No Brasil, queremos nos desenvolver, mas o ponto é: como vamos gerar um crescimento de forma sustentável, aliando práticas ambientais com distribuição de ganhos de renda das populações locais?", diz. 

A assessora também ressaltou a criação do Plano de Transformação Ecológica, apresentado durante a COP28 pelo governo brasileiro, para apoio ao financiamento sustentável. “Temos feito rodas de conversa em busca de aliados para que o dinheiro seja investido no Brasil, desde a construção da tecnologia até a recuperação da área em si. O plano de transformação ecológica bem executado une a sociobiodiversidade com o desenvolvimento econômico do país”, afirmou Santiago.

Com custo estimado entre US$ 130 bilhões e US$ 160 bilhões por ano, o plano pretende estimular investimentos que melhorem o meio ambiente e reduzam as desigualdades. 

- Com colaboração de Fernanda Bastos.

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