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Rebeca Andrade, ginasta olímpica (Rodrigo Zorzi/Panasonic/Reprodução)
Repórter de ESG
Publicado em 22 de março de 2023 às 11h09.
As empresas têm se preocupado, cada vez mais, com a transição geracional de consumo – que nada mais é do que considerar os hábitos e preferências de consumo dos mais jovens. Segundo pesquisa do instituto financeiro Intuit, quase três em cada quatro pessoas da geração Z, que são os nascidos entre a segunda metade da década de 1990 até o início de 2010, preferem qualidade de vida melhor do que dinheiro extra no banco, o dado é ressaltado pelo executivo Fabio Ribeiro, diretor de marketing, responsável pela Comunicação, Trade Marketing, E-commerce e Consumer Experience da Panasonic. “Somos uma marca tradicional que acompanha as mudanças de mercado e necessidades dos nossos consumidores, esse já é nosso público target, por isso, investimos em comunicações e produtos que conversem com a Geração Z em todos os momentos da vida”, disse em entrevista para a EXAME ESG.
A empresa japonesa de eletrodomésticos, fundada em 1918, tem focado em investidas para se conectar com a Gen-Z, como também é conhecida a faixa-etária. As maiores percepções, segundo Ribeiro, estão embasadas em três pilares: a transparência, a ética e a sustentabilidade, visto que valores como esses têm sido mais cobrados pelo grupo, diferentemente do que acontecia nas gerações anteriores como os baby boomers e as gerações X e Y, antecessoras dos Gen-Z.
Para se aproximar da faixa etária, a companhia fez uma campanha voltada para sustentabilidade, junto com as novas embaixadoras Rebeca Andrade, ginasta olímpica, e Pâmela Rosa, skatista brasileira, para gerar debates e reflexões sobre as ações do negócio com o meio ambiente e a sociedade civil.
“Discutir sustentabilidade, hoje em dia, é muito importante e eu estou muito feliz em trabalhar com a Panasonic por ser uma companhia que compartilha as preocupações e valores que eu tenho, incentivando e mostrando para as pessoas como podemos melhorar nosso planeta para as próximas gerações”, afirmou Rebeca Andrade, ginasta olímpica e agora embaixadora ESG da Panasonic até as Olimpíadas de Paris, em 2024.
Na campanha, Rebeca divide a tela com esportistas como Naomi Osaka, Nathan Chen e Michael Phelps para tratar sobre sustentabilidade. A ginasta, que já foi três vezes para o Japão, onde fica localizada a sede da empresa, diz que está honrada por trabalhar com uma marca que fala sobre sustentabilidade, com cuidado e preocupação para haver um incentivo efetivo.
Para isso, a Panasonic, que conta com mais de 240 mil funcionários globalmente, produziu conteúdos para as redes sociais para abrir espaço para debates e reflexões. A decisão caminha em concordância com a própria presença online da ginasta e porta-voz, que é bastante presente nas redes sociais, principalmente no TikTok, onde usa a plataforma para interação e conscientização dos jovens.
Pensando nas iniciativas da agenda ESG, a Panasonic tem um compromisso chamado Green Impact (Impacto Verde, no português). A ação tem inúmeros objetivos, mas dentre eles, está: zerar as emissões de CO2 das operações da companhia até 2030. No contexto do Brasil, a Panasonic pretende estar entre as primeiras marcas de preferência do consumidor até 2025. A empresa se organiza para contar com um investimento de mais de 300 milhões de reais até 2030 para a expansão da fábrica de Extrema, em Minas Gerais, que é um dos exemplos de como a empresa abraça o compromisso com o ESG.
Ribeiro explica quatro das iniciativas para a frente brasileira da companhia. Na frente de governança, a empresa tem políticas, regras e condutas de responsabilidade social corporativa. Além disso, na parte de planta, a empresa conta com utilização de água de reuso para o resfriamento de máquinas e sanitário, utilizando refrigerante ecológico e reciclando 100% dos materiais que sobram ou são danificados na linha de produção. A companhia também tem projetos para autoprodução de energia solar. Em parceria com a companhia Pontoon Clean Tech, existe a expectativa de que, a partir de 2024, 60% da energia da unidade de Extrema da Panasonic virá de autoprodução.
Já quando se fala sobre os produtos, a marca conta com eficiência energética, onde, praticamente, 100% das geladeiras Panasonic se enquadram na categoria A+++ do Inmetro. Enquanto as máquinas de lavar roupas têm o menor consumo de água e uma melhor eficiência de lavagem na categoria, segundo Ribeiro. Em alguns modelos, uma máquina Panasonic pode chegar a economizar 28L por lavagem – o que representaria uma economia de 87.360 litros de água, correspondendo a, aproximadamente, 647 banhos. Em outras palavras, quase 2 anos de uso de água.
“A Panasonic se preocupa com as pessoas e com o meio ambiente. Então se você comprar um produto, você vai economizar energia, luz e vai ser bom para você e para a casa. E é isso que eu quero: poder compartilhar os momentos com os consumidores, assim como eu já faço dentro do esporte”, afirmou Andrade.
Pensando em parcerias, a empresa ainda se uniu a Ecoassist, responsável por recolher itens de grande porte, como geladeiras e máquinas de lavar nas casas dos consumidores, e realizar a destinação correta dos resíduos. Esse é um ponto importante para a economia circular, visto que o que pode ser reaproveitado, é reciclado.
A empresa também conta com projetos de impacto social, como a Casa Chef Aprendiz, um espaço onde a Panasonic contribui com eletrodomésticos para a montagem de uma cozinha onde jovens em situação de vulnerabilidade social têm a oportunidade de aprender um ofício. Este projeto foi inaugurado em 2021 e é uma das iniciativas da frente social da empresa.
“O que você quer deixar para os seus filhos? O que você quer deixar para a próxima geração? O que você quer ensinar? O que você quer que eles entendam do mundo? Devemos nos preparar para isso, essa é a minha visão: fazer o que está nas minhas mãos. Mas se todo mundo fizer junto imagina a diferença e a grandiosidade que isso vai ser. Eu vivi isso todos esses anos na minha carreira, poder trabalhar mesmo que não seja dentro do esporte, saber que Panasonic também acredita no que eu acredito, me incentiva a fazer o meu trabalho melhor”, concluiu Andrade.