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Pacto Global da ONU no Brasil lança iniciativa para descarbonização marítima e portuária

Grupo de Trabalho de Negócios Oceânicos é o primeiro hub corporativo do Brasil para impulsionar a transição energética dos portos e transporte marítimo

Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil (//Divulgação)

Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil (//Divulgação)

Marina Filippe
Marina Filippe

Repórter de ESG

Publicado em 27 de julho de 2023 às 13h13.

Última atualização em 27 de julho de 2023 às 13h35.

O Pacto Global da ONU no Brasil lançou o Grupo de Trabalho de Negócios Oceânicos, o primeiro hub corporativo do Brasil para impulsionar a transição energética dos portos e transporte marítimo, com o apoio do Porto do Açu. O objetivo da iniciativa é mapear cenários nacionais e internacionais sobre transição energética e descarbonização dos setores marítimo e portuário.

O trabalho faz parte da agenda da Ocean Stewardship Coalition, conduzida pelo time de oceano do Pacto Global, baseado na Noruega, e será gerenciado pela Rede Brasil. O grupo já nasce com mais de 30 empresas inscritas para participar. Há ainda um levantamento para dar início ao grupo de trabalho. O documento aponta que nenhum porto do país, dentre os avaliados, tem estrutura pronta para combustíveis alternativos.

Somente dois estão construindo essas estruturas, com objetivo de receber embarcações movidas a biometano, amônia, biogás e hidrogênio verde. O mesmo levantamento aponta que 91% dos portos avaliados não dispõem de campanhas de incentivo para redução de emissões gerados pelo transporte marítimo e cerca de 67% não possuem metas relacionadas à eficiência energética e descarbonização.

“O transporte marítimo e as operações dos portos são fundamentais na jornada rumo ao carbono zero. Dentro do Pacto Global, temos criado ações setoriais, com ótimos resultados, e estamos fazendo isso de novo com o Grupo de Trabalho de Negócios Oceânicos, o primeiro do tipo já criado. Esperamos que empresas de diversos setores, que dependem do transporte marítimo e dos portos, também estejam com a gente, além de entidades governamentais. Essa união é decisiva para o resultado que todas as pessoas esperam, que é combater de fato as mudanças climáticas”, afirma Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil.

Como estratégia da Plataforma de Ação pela Água e a Plataforma do Clima, do Pacto Global da ONU, os trabalhos do GT serão concentrados com as empresas participantes da rede brasileira da iniciativa. Atualmente, no mundo, o setor de navegação responde por cerca de 80% do volume do comércio global e é responsável por aproximadamente 3% das emissões globais de GEE.

Os Estados-membros da Organização Marítima Internacional (IMO) concordaram recentemente em atingir emissões líquidas de emissões zero por volta de 2050, com redução de emissões totais em 20% a 30% até 2030 e entre 70% e 80% até 2040.

"Nossa visão é de que o Porto do Açu possa contribuir diretamente para a transição energética, sobretudo considerando o potencial do Brasil em assumir a vanguarda neste processo. E esse futuro só poderá ser construído por meio de integração entre os diversos players, o que traz à tona a relevância deste grupo de trabalho para o nosso país”, diz José Firmo, CEO da Porto do Açu Operações.

O grupo de trabalho pretende criar cases sobre transição energética nos mares brasileiros. Os membros não são apenas de empresas do setor marítimo, mas de quaisquer empresas participantes do Pacto Global da ONU no Brasil e que se beneficia ou pode se beneficiar dele. O grupo deve ter empresas do setor de óleo e gás, mineração, grandes exportadores da agricultura, empresas logísticas, portos, dentre outros.

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