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77Sol: Fatores como setores industriais, acesso a energia e tarifas sobre a energia elétrica influenciam buscas
Repórter de ESG
Publicado em 25 de maio de 2025 às 15h13.
Mato Grosso do Sul, Pará e São Paulo são os estados que mais adotam a geração de energia solar no Brasil, segundo dados da energytech 77Sol divulgados com exclusividade para a EXAME.
O Mato Grosso do Sul lidera o ranking, concentrando mais de 2.200 usinas fotovoltaicas, o equivalente a cerca de 13% do total vendido pela startup. O Pará aparece em segundo lugar, com cerca de 1.900 instalações (11%), seguido por São Paulo, com 1.745 usinas (10%).
A 77Sol, fundada em 2020, conecta clientes a empresas e integradores do setor de energia solar, viabilizando projetos fotovoltaicos. A pesquisa usou uma base de mais de 25 mil integradores e cerca de 1,5 milhão de módulos entregues.
Segundo Luca Milani, CEO da 77Sol, fatores regionais e econômicos explicam o desempenho desses estados na expansão da geração solar. “O Mato Grosso do Sul destaca-se pela forte demanda do agronegócio e da indústria, setores que buscam reduzir custos e aumentar a autonomia energética”, afirma.
De acordo com o CEO, o Pará, apesar de não ser tradicionalmente associado ao setor, vem crescendo aceleradamente devido à busca por energia em áreas remotas. “Já São Paulo, como maior centro econômico, mantém sua relevância especialmente no segmento residencial e comercial, impulsionado pelas recentes altas tarifárias de energia”, afirma Milani.
A análise da startup indica que a alta incidência solar, combinada com tarifas elevadas e incentivos locais, são os principais motores do crescimento da energia fotovoltaica nessas regiões. “Com a energia elétrica entre as mais caras do mundo e o sol disponível o ano todo, a expansão da energia solar no Brasil é inevitável”, acrescenta o executivo.
Outros estados, como Bahia, Mato Grosso, Pernambuco e Rio Grande do Norte, também mostram forte crescimento, cada um com mais de mil usinas instaladas nos últimos cinco anos.
Por outro lado, Rondônia e Tocantins registram o menor número de instalações, somando cerca de 1% do total nacional.
De acordo com Milani, o potencial solar desses estados não é plenamente aproveitado devido a fatores como menor densidade populacional e mercado de integradores ainda em desenvolvimento.