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Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil, Marina Peixoto, diretora executiva do Mover e Gilberto Costa, diretor executivo do Pacto de Promoção da Equidade Racial (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de ESG
Publicado em 15 de setembro de 2023 às 07h00.
Última atualização em 19 de setembro de 2023 às 11h48.
De Nova York*
Impulsionar a empregabilidade de pessoas negras e a equidade racial como um todo no Brasil é uma questão essencial, mas ainda desafiadora. Ao admitir este cenário, o Pacto Global da ONU no Brasil, o MOVER (Movimento Pela Equidade Racial) e o Pacto de Promoção de Equidade Racial assinam nesta sexta-feira, 15, uma Carta Compromisso no evento SDGs in Brazil, promovido pelo Pacto Global no Delegates Dining Room, dentro da Sede da ONU em Nova York.
Na prática, as organizações passam a trabalhar de forma conjunta com objetivo de alavancar as metas comuns. "As três organizações têm a mesma crença de que para ser maior, só fazendo junto. A gente se complementa, não compete e temos o objetivo combater o racismo e trabalhar a agenda de equidade racial nas empresas", diz Marina Peixoto, diretora executiva do Mover.
Para se ter ideia do contexto atual, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as pessoas negras são a maior parte entre os mais pobres (78,5% contra 20,8% das pessoas brancas) e possuem a maior taxa de desemprego (32,7% contra 11,3%). Mais da metade das pessoas trabalhadoras do Brasil (53,8%) são negras, mas o índice não acompanha o topo da hierarquia nas organizações. Apenas 29,5% dos cargos gerenciais das empresas são ocupados por pessoas negras (e 69% por pessoas brancas).
A intenção da união é também ajudar as empresas a participarem dos movimentos. "Temos a ideia de não reinventar a roda. Há uma complementariedade entre os movimentos, o que, por vezes, gera uma confusão nas empresas. Ao entender isto, resolvemos tirar proveito das fortalezas de cada organização, e ao mesmo tempo construir algo para mover a régua do mercado brasileiro na questão racial", diz Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil.
Cada organização segue com a atuação e governança de forma independente, ma estabelecem o compromisso público de apoio institucional, impulsionando e divulgando ações, compartilhando conhecimentos e identificando oportunidades de atuação conjunta.
"O investimento privado em equidade racial é o que vai fazer a diferença ao implementar ações de capacitação e fomento ao empreendedorismo negro. Isto culmina também em quanto conseguimos, como sociedade civil, acabar com a disputa de bandeiras e fazendo avanços conjuntos, pois o investimento em equidade racial leva tempo e demanda recursos", afirma Gilberto Costa, diretor executivo do Pacto de Promoção da Equidade Racial.
Entenda as metas anunciadas:
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