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ONU e Brasil adiam mais uma vez reunião sobre crise de hospedagem da COP30

Segundo cancelamento consecutivo mantém impasse persistente sobre infraestrutura hoteleira

Lia Rizzo
Lia Rizzo

Editora ESG

Publicado em 14 de agosto de 2025 às 07h00.

Última atualização em 14 de agosto de 2025 às 07h30.

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Em nota divulgada na noite de quarta-feira, 13, o Secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) anunciou o cancelamento da reunião programada para esta quinta-feira, 14, sobre os problemas relacionados ao alto custo de hospedagem em Belém.

Segundo o comunicado oficial, a postergação partiu de solicitação de membros do bureau da convenção, e não de iniciativa brasileira, com consultas em andamento para estabelecer nova data.

A decisão marca o segundo adiamento das discussões entre representantes da ONU e a Secretaria Extraordinária da COP30. Originalmente agendado para segunda-feira, 11 de agosto, o encontro havia sido transferido para esta quinta-feira também a pedido do secretariado internacional.

A sequência de cancelamentos evidencia a sensibilidade das tratativas sobre a infraestrutura hoteleira na capital paraense, que culminou em uma crise inédita na história das COPs.

Apoio presidencial a Belém é reafirmado

Na tarde de quarta-feira, durante o Fórum Nacional de Governadores realizado em Belém, o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, reafirmou o comprometimento e o entusiasmo do presidente Lula com a realização do evento na cidade .

Ao lado do governador paraense Helder Barbalho, o diplomata também reforçou a estratégia por trás da escolha, argumentando que a localização amazônica confere uma dimensão simbólica e diferenciada às negociações climáticas globais.

Na véspera do evento, Corrêa do Lago havia divulgado uma carta direcionada à comunidade internacional, a quinta comunicação oficial da presidência da COP, convidando todos a transformar Belém em "um ritual de passagem" para marcar a transição rumo a um futuro sustentável.

Paralelamente às discussões diplomáticas, autoridades brasileiras implementaram medidas rigorosas para conter a especulação no setor hoteleiro.

A Defensoria Pública do Pará, através do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon), formalizou notificações às principais plataformas digitais de reservas, estabelecendo protocolos específicos para combater práticas abusivas de precificação.

A ação coordenada, desenvolvida em parceria com Procon, Ministério Público do Estado e Procuradoria-Geral do Estado, determina que as plataformas identifiquem anunciantes cujas tarifas médias superem três vezes a média de mercado em alta temporada.

Uma vez detectada a irregularidade, os preços devem ser corrigidos em até 48 horas, sob pena de suspensão dos anúncios.

Avanços em outras frentes

Enquanto persistem as tensões sobre acomodações, outros aspectos organizacionais têm avançado.

A plataforma oficial de hospedagem, lançada em 1º de agosto, disponibilizou inicialmente 3.197 quartos, com previsão de adições diárias de novas opções de estadia.

A Agência Brasileira de Promoção do Turismo (Embratur) confirmou que as hospedagens estão sendo disponibilizadas em etapas, com valores entre US$ 220 e US$ 600 por diária, priorizando delegações envolvidas diretamente nas negociações oficiais.

Nos últimos dias, uma comitiva do Departamento de Salvaguarda e Segurança das Nações Unidas (UNDSS) realizou inspeções nos locais que sediarão eventos da COP30, avaliando acomodações, sistemas de transporte, estruturas de saúde e segurança. Na ocasião, todos os planos apresentados pelos governos federal, estadual e municipal receberam aprovação da equipe técnica da ONU.

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