ESG

Patrocínio:

espro_fa64bd
Afya Cinza
Copasa Cinza
Danone Cinza
Ypê cinza

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

ONU alerta: 80% de chance de novo recorde de calor global até 2030

Relatório da Organização Meteorológica Mundial aponta que aquecimento global deve intensificar eventos climáticos extremos nos próximos anos

Verão: calor deve ficar ainda mais quente nos próximos anos (Leandro Fonseca/Exame)

Verão: calor deve ficar ainda mais quente nos próximos anos (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 28 de maio de 2025 às 08h45.

O planeta tem 80% de chance de registrar, até 2030, um novo ano mais quente da história, superando 2024 — até agora o mais quente já registrado.

A previsão é da Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à ONU, e reforça o alerta de que o aquecimento global causado por ações humanas vai continuar acelerando.

Nos próximos cinco anos, a temperatura média global deve ficar entre 1,2 °C e 1,9 °C acima dos níveis pré-industriais, segundo o relatório divulgado nesta quarta-feira, 28.

O aumento da temperatura deve agravar eventos climáticos extremos, com impactos diretos sobre a economia, a saúde pública e os ecossistemas.

“Infelizmente, este relatório da OMM não traz nenhum sinal de alívio para os próximos anos”, afirmou Ko Barrett, vice-secretária-geral da entidade. “Haverá um impacto negativo crescente sobre nossas economias, nosso cotidiano, nossos ecossistemas e nosso planeta.”

O Acordo de Paris, assinado em 2015, estabeleceu a meta de limitar o aquecimento do planeta a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais. Mas essa barreira foi ultrapassada pela primeira vez, em média anual, em 2023 — um sinal claro de que os países estão falhando em conter o avanço das emissões de gases de efeito estufa.

A probabilidade de que a média de temperatura global dos próximos cinco anos ultrapasse o limite de 1,5 °C subiu de 32% no relatório anterior para 70% no documento mais recente. Já a chance de que ao menos um desses anos seja mais quente do que 2024 é de 80%.

O novo relatório também projeta que o Ártico deve aquecer 3,5 vezes mais do que a média global nos próximos cinco invernos, entre novembro e março, com temperaturas 2,4 °C acima da média registrada entre 1991 e 2020.

A OMM alerta ainda para mudanças significativas nos padrões de chuva: regiões como Sahel, norte da Europa, Alasca e Sibéria devem ficar mais úmidas, enquanto a Amazônia deve enfrentar uma temporada mais seca.

Acompanhe tudo sobre:ESGAquecimento globalONU

Mais de ESG

De Baku a Belém: em Bonn, Brasil lança roteiro para financiar clima e foca em ministros das finanças

Enel Brasil destina R$ 71 milhões para promover eficiência energética em três estados

Brasil e emergentes devem superar maiores economias na corrida por indústria verde, revela estudo

Aquecimento global ameaça focas na Antártica e população cai 54%, mostra estudo