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Acordo de Paris: compromisso, que está perto de completar 10 anos, impulsionou ações pelo clima que estariam fora do radar, mas ainda há muito a ser feito (David McNew/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 17 de novembro de 2025 às 13h59.
As medidas para limitar os efeitos das mudanças climáticas teriam sido significativamente menores sem o Acordo de Paris de 2015 para limitar o aquecimento global a menos de 2 graus Celsius, que serviu de incentivo para a mobilização em muitos países, de acordo com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Em um relatório publicado nesta segunda-feira (17) com base em entrevistas a mais de 250 responsáveis públicos e especialistas de mais de 60 países, a OCDE assinala que, com esse acordo, que completará dez anos em poucas semanas, os esforços climáticos estão “melhor coordenados” e são “mais ambiciosos e eficazes”.
Mais de 80% dos responsáveis públicos consultados e 60% dos outros especialistas estimam que a atenuação das mudanças climáticas se tornou uma prioridade nacional em seus países, mas sem o compromisso de 2015, apenas 50% estimam que isso teria ocorrido.
Além disso, o Acordo de Paris reforça a confiança na ação futura, já que quase o dobro dos entrevistados disse acreditar que as políticas climáticas estarão em vigor em 2040 em relação àqueles que pensam que elas seriam mantidas sem o pacto.
Em dezembro de 2015, durante a COP21, em Paris, cerca de 190 países, entre eles o Brasil, foram signatários de um pacto histórico para conter o avanço das mudanças climáticas.
Conhecido como Acordo de Paris, o tratado, articulado pela Organização das Nações Unidas (ONU), foi oficialmente adotado por 195 nações em 12 de dezembro de 2015 e entrou em vigor em 4 de novembro de 2016. O documento busca limitar o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais — e, idealmente, conter esse aumento em até 1,5°C.
A meta de 1,5°C ganhou força nos últimos anos, especialmente após relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU alertarem que ultrapassar esse limite pode gerar impactos muito mais severos, como secas prolongadas, ondas de calor extremas e eventos climáticos intensos. Para que isso não aconteça, as emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) precisam atingir o pico até 2025 e cair 43% até 2030. (Com informações da EFE)