Luciana Nicola, diretora de relações institucionais e sustentabilidade do Itaú: “Queremos ser o banco da transição” (divulgação/Exame)
Rodrigo Caetano
Publicado em 23 de junho de 2022 às 21h05.
O banco Itaú Unibanco entrou, em outubro de 2021, para a Net-Zero Banking Alliance, um compromisso global, capitaneado pela ONU, que reúne 110 instituições financeiras de 40 países, responsáveis por 70 trilhões de dólares em ativos. Todas se comprometeram a zerar as emissões de carbono de suas carteiras até 2050. Com os compromissos firmados, os grandes bancos colocam a própria reputação em risco, caso não cumpram com o combinado.
Há, no entanto, um desafio adicional para atingir esse objetivo. Desinvestir de setores intensivos em carbono, como mineração e siderurgia, pode até resolver o problema dos bancos. Porém, o objetivo é zerar as emissões de carbono no mundo e, para isso, os maiores emissores precisam se engajar. “Queremos ser o banco da transição”, afirma Luciana Nicola, diretora de relações institucionais e sustentabilidade do Itaú Unibanco. “E ajudar nossos clientes a atingir as metas deles.”
A instituição financeira lançou, em 2019, um conjunto de oito compromissos de impacto. No varejo, há um olhar para a saúde financeira dos correntistas e para o empreendedorismo. O banco vem lançando uma série de ferramentas digitais para se inserir na jornada do cliente, para a renegociação de dívidas, e em produtos além do crédito para micro e pequenas empresas, como contadores e advogados. Também foi lançada uma linha de crédito de 11 bilhões de reais para mulheres empreendedoras.