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Amazônia: ontem, Mourão e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, publicaram um vídeo de pouco mais de 1 minuto rebatendo críticas de que a Amazônia esteja queimando acima do normal antes do governo Bolsonaro (iStock/Thinkstock)
Leo Branco
Publicado em 11 de setembro de 2020 às 06h15.
Última atualização em 11 de setembro de 2020 às 06h15.
A pauta ambiental como alternativa para recuperação econômica pós-pandemia vai estar na ordem do dia de autoridades no Brasil e na Europa nesta sexta-feira, 11.
Por aqui, o vice-presidente Hamilton Mourão participa nesta sexta de um seminário virtual sobre desafios para o desenvolvimento sustentável da Amazônia no pós-pandemia.
Organizado pela Frente Parlamentar Mista da Bioeconomia, uma bancada temática lançada em junho de 2019 para discutir alternativas ao desenvolvimento da Amazônia, o evento começa às 10h e terá também a participação do cientista Carlos Nobre, um dos principais especialistas em aquecimento global no país.
O evento ocorre um dia depois de o vice-presidente e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, rebaterem nas redes sociais a campanha global #DefundBolsonaro, que pede o boicote a produtos brasileiros em meio a alta no desmatamento de florestas como a Amazônia e o Pantanal nos últimos dois anos. A campanha recebeu o apoio de personalidades globais, como o ator Leonardo DiCaprio.
Mourão e Salles publicaram um vídeo de pouco mais de 1 minuto rebatendo o argumento de que a Amazônia esteja queimando num ritmo acima do usual antes do governo de Jair Bolsonaro. O vídeo, contudo, trouxe imagens de um mico-leão-dourado, animal só visto em outra floresta, a Mata Atlântica. Questionado por jornalistas sobre o vídeo nesta quinta, 10, Mourão disse que "aquilo é uma integração Amazônia-Mata Atlântica".
Em Berlim, na Alemanha, os ministros das finanças dos 27 países integrantes da União Europeia participam hoje e amanhã de um encontro para discutir alternativas para a recuperação da economia do continente após a pandemia.
Na lista de temas do encontro deve estar o chamado “Green Deal Europeu”, apresentado pela União Europeia em maio. O objetivo: destinar 40% de um pacote de socorro de 750 bilhões de euros a negócios à base de energias renováveis, como energias renováveis, eletrificação dos transportes e construção sustentável.
A recuperação da crise do coronavírus deve estar calcada “na transformação ambiental e digital”, segundo Frans Timmermans, delegado da Comissão Europeia, à frente do plano. Exceto pela parte ambiental, o Green Deal europeu, não difere muito do New Deal, série de programas de incentivos econômicos instituída pelo presidente dos Estados Unidos Franklin Delano Roosevelt após a depressão econômica iniciada em 1929.
Por ora, aqui e na Europa, a retomada verde segue no plano das ideias e de eventos como os de hoje. Resta saber se as iniciativas vão sair do papel – e quando.