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Nespresso investe R$ 2 milhões para transformar o 'cafezinho' em energia renovável

Combustível será usado na fábrica da Nestlé em Araçatuba e deve transformar até 850 toneladas de borra de café que iriam para o lixo

As ações de reciclagem já são parte da rotina de ESG da Nespresso, que conta com um programa avançado no tratamento das suas cápsulas

As ações de reciclagem já são parte da rotina de ESG da Nespresso, que conta com um programa avançado no tratamento das suas cápsulas

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 11 de setembro de 2025 às 06h00.

Desde agosto, uma fábrica da gigante alimentícia Nestlé em Araçatuba (SP) usa como fonte energética o biometano. A energia é produzida a partir da borra de café de cápsulas usadas da Nespresso, em um processo que exigiu investimentos de mais de R$ 2 milhões.

A expectativa dessa estratégia de economia circular e geração energia de baixa emissão de carbono é transformar até 850 toneladas de borra de café anualmente em energia limpa.

Os números também impressionam no impacto ambiental: o volume tem potencial de reduzir a emissão de cerca de 857 toneladas de carbono na atmosfera pela prevenção da liberação de metano durante a decomposição da borra de café.

O projeto busca reduzir o descarte de resíduos orgânicos no processo da reciclagem da Nespresso, que comercializa cafés, cápsulas e máquinas. A pesquisa e desenvolvimento levaram mais de um ano até que a companhia firmasse parceria com a Crivellaro Ambiental, companhia de gerenciamento de resíduos industriais.

Do café ao biometano

O processo também precisou de adaptações logísticas: para transportar as bombonas com cápsulas até o centro de reciclagem, onde é feita a separação entre a borra de café e o metal das cápsulas, a Nespresso passou a utilizar veículos movidos por eletricidade.

Para Mariana Marcussi, diretora de marketing e sustentabilidade da Nespresso Brasil, a iniciativa une inovação e propósito, critérios que movem a companhia. “O biometano é um reflexo do nosso compromisso em reinventar o ciclo do café de alta qualidade, com iniciativas de valor ambiental, social e econômico em toda a cadeia”, afirma.

Economia circular

As ações de reciclagem já são parte da rotina de ESG da Nespresso, que conta com um programa avançado no tratamento das suas cápsulas. Já são mais de 400 pontos de coleta física, além de 34 butiques preparadas para receber os materiais pós-uso.

A companhia ainda conta com um serviço gratuito de logística reversa via Correios que cobre todo o território nacional, que permite que os clientes enviem suas cápsulas usadas em precisar se deslocar.

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Após a devolução, as cápsulas passam por um processo de separação entre borra de café e alumínio. O primeiro é usado para o biometano. O segundo retorna para a cadeia produtiva, sendo reinserido na produção siderúrgica.

Um desses exemplos é a parceria com a Natura, indústria de beleza, que transforma o alumínio nas embalagens da linha Ekos Castanha, de hidratantes. Ao todo, mais de 2 toneladas de cápsulas já foram utilizadas.

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