ESG

Nescafé reforça agricultura regenerativa em produto com mel sustentável

Com Nescafé Origens do Brasil: Colmeia, a marca da Nestlé quer mostrar aos consumidores o processo de agricultura regenerativa em 35 fazendas de café

Nescafé Origens do Brasil: Colméia (Daniel Pinheiro/ Nescafé/Reprodução)

Nescafé Origens do Brasil: Colméia (Daniel Pinheiro/ Nescafé/Reprodução)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 23 de março de 2022 às 07h00.

Quando lançou a linha de cafés Nescafé Origens do Brasil, em 2018, a fabricante de bens de consumo Nestlé assumiu um compromisso com a sustentabilidade e a regeneração produtiva da cadeia. Agora, com a meta da Nestlé de reduzir pela metade suas emissões de carbono até 2030, Nescafé Origens do Brasil pretende ser  a primeira marca carbono neutro de café solúvel e para coar do país.

Pensando nisto, a empresa lança a edição especial e limitada Nescafé Origens do Brasil: Colmeia. E, além do café, a embalagem tem um pote de mel de flor de café, produzido por abelhas que fizeram  a polinização nos cafeeiros das fazendas localizadas na Chapada Diamantina e Serras do Alto do Paranaíba, duas das regiões onde é cultivado o café da linha.

A técnica de polinização da lavoura com abelhas foi implantada em parceria com a startup AgroBee. A integração do café com as abelhas faz parte de um conjunto de ações para tornar a produção ainda mais sustentável.

Segundo a marca, além de melhorar a qualidade final do grão e contribuir para o aumento da produtividade, a polinização assistida permite aos  produtores reduzir o impacto da lavoura no meio ambiente, com preservação de biodiversidade, não utilização de pesticidas e redução de emissões de carbono para cada tonelada de café produzido.

A presença  das abelhas também ajuda a reduzir a quantidade de água usada nos cafezais, uma vez que contribui para que as plantas consumam menos recursos na produção.

Hoje Nescafé Origens do Brasil já tem 100% das 35 fazendas em conversão para a agricultura regenerativa e em vias de se tornarem neutras, quando compensando a mesma quantidade de gases de efeito estufa que produz anualmente, ou negativas em emissões de carbono ao retirar mais gases de efeito estufa da atmosfera do que emite.

As fazendas cafeeiras são consideradas regenerativas quando buscam devolver ao meio ambiente mais do que retiram e implementam práticas que apoiam essa premissa como o uso de energia solar e polinização natural com abelhas, reconstrução da vida no solo, adubação orgânica e compostagem, plantio de outras árvores e culturas nas entrelinhas.

Ainda segundo os porta-vozes de Nescafé Origens do Brasil, relatórios internos mostram que a produção da linha emite oito vezes menos carbono do que a média das fazendas de cafés brasileiras.

Embalagem

As embalagens conservam melhor o aroma e o sabor do café, e são feitas de material 100% reciclável e com conteúdo reciclado em sua composição. A cada embalagem vendida, uma árvore é plantada por meio da parceria da marca com a SOS Mata Atlântica no maior projeto de reflorestamento do bioma no País feito por uma única empresa.

O projeto vai restaurar mais de 1200 hectares de floresta nativa na Mata Atlântica, bioma onde está localizada sua operação de cafés. Assim, serão mais de 3 milhões de árvores plantadas nos raios das operações, incluindo as fazendas fornecedoras de café. Essa estratégia de sequestro de carbono, em 20 anos, será responsável por eliminar mais de 500 mil toneladas de CO2.

Emissões

A marca almeja chegar a zero emissões líquidas de carbono, sem precisar comprar créditos. “Investimos cerca de R$1,5 milhão em ações de sustentabilidade na cadeia de produção de Nescafé Origens do Brasil. Além de promover agricultura que protege e restaura o planeta, estamos caminhando com uma série de ações que mostram o comprometimento constante e crescente da Nestlé com a agenda ESG, a valorização da cafeicultura nacional e das práticas regenerativas”, afirma Rachel Muller, Diretora de Cafés, Bebidas e Cereais da Nestlé.

Segundo a executiva, vale destacar outras iniciativas como o programa Cultivado com Respeito de Nescafé com mais de mil famílias produtoras de café, que oferece ajuda técnica e financeira, inclusive para ações voltadas para a sustentabilidade das fazendas.

A Nestlé Brasil se baseia nos  pilares de agricultura regenerativa, circularidade e bioeconomia com objetivos a serem alcançados até 2025. Em toda a cadeia da Nestlé, 30% da matéria-prima terá como origem a agricultura regenerativa. Com base no princípio da circularidade, a marca pretende reciclar o equivalente a todo o plástico colocado no mercado brasileiro. Em paralelo, o plano é conservar 300 mil hectares na Amazônia, gerando renda e promovendo educação para 4 mil pessoas.

Impacto social

A agricultura regenerativa é a prática de restauração de áreas produtivas que estabelece o tripé da sustentabilidade social, econômica e ambiental, ao passo que leva à saúde do ambiente como um todo. Os cafés especiais da linha Origens do Brasil reforçam  também a responsabilidade da marca com 35 famílias de produtores familiares, localizados nas regiões da Chapada Diamantina (BA), Serras do Alto Paranaíba (Cerrado Mineiro) e São Sebastião do Paraíso (Sul de Minas).

Além de gerar renda para essas famílias e apoiar no desenvolvimento dos seus negócios, marca também tem feito um trabalho de apoio a jovens para que possam enxergar na produção cafeeira uma oportunidade. "O impacto positivo para o produtor ajuda também a trazer de volta o interesse nos filhos deles para continuarem o legado nas fazendas", diz.

Nestlé e Sustentabilidade 

Em 2021, a Nestlé assumiu um novo compromisso rumo à sustentabilidade e anunciou investimentos globais de US$ 1,28 bilhão para estimular a agricultura regenerativa.

Até 2025, a companhia pretende adquirir 30% de sua matéria-prima com origem na agricultura regenerativa e reduzir em 20% suas emissões de carbono - em vias de reduzir 50% até 2030.

No mesmo prazo, a empresa também deverá reciclar o equivalente a todo o plástico que coloca no mercado, além de conservar 300 mil hectares na Amazônia, gerando renda e promovendo educação para 4 mil pessoas da região.

"Este projeto é um exemplo de como podemos produzir melhor e oferecer qualidade ao consumidor cada vez mais atento aos princípios de sustentabilidade", diz Marcelo Melchior, presidente da Nestlé.

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