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Anderson Baranov, CEO da Norsk Hydro no Brasil: "A expectativa é que essa seja a COP da ação, a COP da entrega" (Reprodução/Youtube)
Repórter de Projetos Especiais
Publicado em 29 de outubro de 2025 às 18h51.
À medida que Belém finaliza os preparativos para sediar a COP30, que acontece em novembro, a atenção se volta para as discussões que a conferência promete levantar em diferentes esferas. O setor privado, por exemplo, tem ocupado um espaço cada vez mais relevante nos debates que acontecem ao longo do encontro. Se antes as COPs eram dominadas por negociações entre governos, hoje as empresas participam ativamente da formulação de compromissos e da implementação de soluções com foco no desenvolvimento sustentável.
Para Anderson Baranov, CEO da Norsk Hydro no Brasil, o evento no Pará é uma oportunidade única para as empresas brasileiras mostrarem que podem assumir o protagonismo quando o assunto é descarboização e transição energética, alinhando crescimento econômico e responsabilidade ambiental.
"Precisamos discutir não só sobre a melhoria das operações nas indústrias, mas também a participação do setor privado dentro das decisões de investimentos futuros", disse o executivo em entrevista ao videocast NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS da EXAME.
À frente de uma das maiores produtoras de alumínio do mundo, Baranov reconhece que a indústria da mineração é uma das mais complexas quando se trata de sustentabilidade. Segundo o executivo, a Hydro tem ampliado a transparência e o diálogo com a sociedade para mostrar o quanto tem evoluído como companhia. Entre as ações estão a divulgação de relatórios e metas de sustentabilidade e a abertura de suas operações para visitação.
O investimento em inovação para reduzir impactos ambientais e aumentar a segurança, no entanto, é a grande aposta da Hydro. "Desde 2022, foram investidos em torno de R$ 12,6 bilhões em descarbonização e transição energética. Isso nos coloca em uma posição de liderança no setor", destaca.
Um dos marcos desse investimento é a mudança da matriz energética da refinaria Alunorte, a maior do mundo, que substituiu o uso de óleo combustível por gás natural — reduzindo emissões e impulsionando a chegada dessa fonte de energia ao estado do Pará.
Segundo Baranov, entre as metas da companhia estão a redução de 30% das emissões até 2030 e atingir neutralidade total de carbono até 2050. “Queremos zerar nossas emissões sem o tal do greenwashing”, afirma.
Assista o episódio do videocast de NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS no Youtube:
Durante a COP30, a Hydro participará de quatro painéis — dois na Blue Zone e dois na Green Zone, com foco em energia, transição e investimentos sustentáveis.Além
Além das metas ambientais, a empresa pretende destacar a cultura do Pará, o apoio à agricultura familiar e programas de formação para jovens, como o Fundo Hydro e o projeto Cojovem.
"A expectativa é que essa seja a COP da ação, a COP da entrega", finaliza o CEO.