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Na COP29, primeiro-ministro da Espanha pede ambição contra mudança climática que “mata pessoas”

Durante discurso na Cúpula do Clima, Pedro Sánchez citou as inundações que atingiram Valência e que resultou em mais de 200 vítimas fatais

O primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez faz uma declaração nacional durante o segmento de alto nível no segundo dia da Conferência do Clima da UNFCCC COP29 no Estádio de Baku em 12 de novembro de 2024 em Baku, Azerbaijão (Sean Gallup/Getty Images)

O primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez faz uma declaração nacional durante o segmento de alto nível no segundo dia da Conferência do Clima da UNFCCC COP29 no Estádio de Baku em 12 de novembro de 2024 em Baku, Azerbaijão (Sean Gallup/Getty Images)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 12 de novembro de 2024 às 13h30.

Última atualização em 12 de novembro de 2024 às 13h42.

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Ao discursar nesta terça-feira em um fórum da 29ª Cúpula do Clima (COP29) organizada pelas Nações Unidas, o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, pediu que a comunidade internacional demonstre ambição e não vire o rosto no combate à mudança climática “que está matando pessoas”, como ele acredita ter sido demonstrado pela tempestade que devastou parte da Comunidade Valenciana, no leste da Espanha.

Sánchez fez esse apelo durante discurso em um evento sobre financiamento climático organizado por ocasião da COP29 que está sendo realizada em Baku, capital do Azerbaijão.

O presidente do governo espanhol começou seu discurso alertando que a mudança climática mata pessoas e que um de seus objetivos ao participar da cúpula de Baku é contribuir para evitar que isso continue acontecendo.

Sánchez lembrou que a Espanha acaba de passar por um dos maiores desastres climáticos de sua história e que mais de 200 pessoas perderam a vida em decorrência dessa tempestade.

“São elas que me levam a dizer hoje, em alto e bom som, que a mudança climática mata”, enfatizou Sánchez, antes de expressar sua convicção de que é preciso ambição para evitar o pior impacto do problema.

O governante destacou que o que aconteceu no país não é um caso isolado, mas que está ocorrendo dia após dia em todos os cantos do planeta.

Financiamento climático

Por esse motivo, argumentou que a cúpula de Baku deve ser lembrada como o momento em que as palavras foram transformadas em números.

“A meta internacional de financiamento climático medirá nosso compromisso com as gerações futuras, e todos nós estamos cientes de que precisamos ser muito mais ambiciosos se quisermos atingir os objetivos tanto de mitigação quanto de adaptação”, acrescentou Sánchez.

O governante também defendeu a continuidade do aumento dos gastos com financiamento climático e uma arquitetura financeira internacional capaz de fornecer mais financiamento e em melhores condições.

“O desenvolvimento sustentável e a luta contra a mudança climática são duas faces da mesma moeda”, afirmou Sánchez, para quem a COP29 deve servir de plataforma para “as mudanças ambiciosas” que se espera sejam pactuadas no próximo ano em Sevilha, na IV Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento.

A conferência está programada para ocorrer entre 30 de junho e 3 de julho de 2025.

Sánchez disse acreditar que a nova arquitetura financeira deve refletir a realidade atual, pois o financiamento mobilizado nos países desenvolvidos, tanto público quanto privado, não é suficiente.

“Devemos ser capazes de inovar em nosso mecanismo de financiamento, incorporando mais e melhor o setor privado, mobilizando fontes alternativas, como grandes fortunas, e trabalhando em igualdade de condições com os países emergentes para aumentar os volumes de financiamento, dado o esforço crescente que eles estão fazendo”, explicou Sánchez.

Segundo o presidente do governo espanhol, o objetivo é refletir a nova realidade de um mundo que mudou, promover novos instrumentos e novas ideias, além de se ter ousadia e ambição.

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