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Na COP28, setor de tecnologia defende o papel da inovação nas mudanças climáticas

Uso de recursos como inteligência artificial e tecnologia de satélite pode contribuir com redução das emissões, dizem empresas

Google: Brandt cita o uso do moonshot thinking para chegar a soluções climáticas (Google/Reprodução)

Google: Brandt cita o uso do moonshot thinking para chegar a soluções climáticas (Google/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 5 de dezembro de 2023 às 17h05.

O uso da inovação como forma de tentar reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) tem sido apontado como um dos caminhos prováveis para que atingir a meta do Acordo de Paris.

Nesta terça-feira, 5, aconteceu em Dubai, na COP28, o Fórum de Inovação Climática, que reuniu líderes da indústria da tecnologia para discutir o desenvolvimento e a implementação de soluções climáticas de ponta.

Omar Sultan Al Olama, ministro de Estado dos Emirados Árabes Unidos para Inteligência Artificial, Economia Digital e Aplicações de Trabalho Remoto, além de diretor geral do Gabinete do Primeiro-ministro, mostrou otimismo em seu pronunciamento.

"O potencial para uma revolução tecnológica sustentada pela responsabilidade ambiental pode nos levar a um futuro neutro em carbono, remodelando nossa utilização dos recursos da Terra para alcançar o progresso e a preservação simultaneamente", disse.

O fórum contou com uma série de debates sobre temas como soluções de ponta para enfrentar a crise climática global, incluindo inteligência artificial (IA), tecnologia de satélite, grandes volumes de dados, energia limpa, descarbonização industrial e hidrogênio com baixo teor de carbono.

Representatividade

Participaram do fórum nomes como Bill Gates, fundador da Breakthrough Energy e copresidente da Fundação Bill e Melinda Gates, Arvind Krishna, diretor executivo da IBM, Kate Brandt, diretora de Sustentabilidade do Google, Elizabeth Gaines, diretora não-executiva e embaixadora verde global da Fortescue Metals, e Brad Smith, da Microsoft.

Uma das discussões tratou das aplicações da IA e da computação quântica e a forma como podem ajudar a resolver os problemas relacionados a alterações climáticas, especialmente os que afetam o Sul Global.

Brandt, do Google, falou sobre o moonshot thinking - abordagem criativa e estratégica para a solução de problemas empresariais focada em metas ambiciosas e incentivo de soluções inovadoras para problemas difíceis. A executiva defende que seja possível fazer sua aplicação também para ações climáticas. Ela cita como exemplo o governo do Chile, que testa a IA para a gestão da rede.

O fórum tratou ainda da importância da tecnologia e da inovação como facilitadores e aceleradores em diferentes setores. Os participantes enfatizaram a necessidade da adoção de ferramentas em larga escala para obter um impacto significativo na redução ou eliminação das emissões de GEE e avançar com os prazos.

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