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Na COP28, executivos apontam caminhos para ampliar a segurança hídrica de negócios e comunidades

Em evento promovido pelo Pacto Global da ONU no Brasil, Aegea, CPFL Energia, Ambev e Coca-Cola compartilham projetos sociais de acesso à água

COP28: executivos da Ambev, Coca-Cola, Aegea e CPFL Energia se unem para discutir importância de investimentos em projetos de acesso à água, em Dubai (Pacto Global da ONU no Brasil/Reprodução)

COP28: executivos da Ambev, Coca-Cola, Aegea e CPFL Energia se unem para discutir importância de investimentos em projetos de acesso à água, em Dubai (Pacto Global da ONU no Brasil/Reprodução)

Marina Filippe
Marina Filippe

Repórter de ESG

Publicado em 8 de dezembro de 2023 às 15h13.

Última atualização em 8 de dezembro de 2023 às 15h39.

De Dubai*

Os executivos que participam de paineis na Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP28) parecem concordam com o fato de que é preciso justiça climática para o avanço ambiental e social. E, isto só será possível se todas as pessoas tiverem acesso digno à água e ao tratamento de esgoto. Assim, o tema de investimento hídrico foi abordado durante o evento Transição no Sul Global: Construindo uma Economia Net Zero, promovido pelo Pacto Global da ONU no Brasil, em Dubai.

Ambev

Entre os exemplos apresentados está o da fabricante de bebidas Ambev, que depende da gestão hídrica para a sobrevivência do negócio e qualidade do produto. "Só existe cerveja boa se tivermos água boa. Nosso papel é o de preservação do recurso e melhoria contínua da gestão", diz Karen Tanaka, gerente de sustentabilidade e mudança do clima da Ambev.

Aegea

Para a empresa de saneamento Aegea, o desafio está em ampliar o acesso para a população. "Quando chegamos em Manaus, por exemplo, encontramos uma periferia maior do que imaginávamos. Hoje são mais de 500 mil pessoas com a tarifa social da Aegea, antes eram 20 mil”, disse Édison Carlos, diretor de Sustentabilidade da Aegea.

O executivo explicou que um quarto de Manaus recebe a tarifa social junto ao auxílio técnico para a verificação das condições de acesso à água e esgoto. Agora, a lógica aplicada na cidade está sendo e adaptada para o Rio de Janeiro, onde a Aegea está estabelecendo conexão com 5 mil líderes comunitários de 700 favelas. 

Coca-cola

Também para ampliar o acesso à água, a fabricante de bebidas Coca-Cola conta, desde 2009 é parceira da é parceira da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) no projeto Bolsa Floresta, uma iniciativa que beneficia 40 mil pessoas em 504 comunidades de 16 unidades de conservação do estado do Amazonas, por exemplo. “Se você pegar os vinte anos de Coca-Cola, mesmo com o negócio crescendo, temos aumentado a eficiência hídrica. Saímos de 2,74 para 1,51 litros de água utilizados para cada 1 litro de bebida envasado”, afirmou Rodrigo Brito, head de sustentabilidade Brasil e Cone Sul da Coca-Cola.

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Os projetos apresentados no evento se conectam com o Movimento +Água, do Pacto Global da ONU no Brasil, para aceleração da universalização do saneamento e segurança hídrica. Qualquer empresa pode participar, mesmo não sendo do setor de saneamento, exemplo disto é a CPFL Energia.

“Faz sentido fazer parte do movimento +Água até pela natureza do negócio que depende das hidrelétricas. Além disto, estamos aumentando a segurança hídrica em comunidades, como na de Santa Teresinha, próximo a João Câmara, o centro das eólicas no Rio Grande do Norte, onde existem três comunidades indígenas. Ali, fizemos um projeto de dessalinização da água, a partir de um investimento de 8 milhões de reais. Com isto, o ponto mais longe de água passou de sete quilômetros para quinhentos metros”, disse Rodolfo Sirol, diretor de meio ambiente e sustentabilidade da CPFL Energia.

- Com colaboração de Fernanda Bastos.

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