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Mudanças climáticas podem reduzir PIB global em 22% até 2100

Estudo inédito do BCG e WEF aponta que desastres climáticos já causaram mais de US$ 3,6 trilhões (cerca de R$ 21 trilhões) em prejuízos econômicos

 (Kadek Bonit Permadi/Getty Images)

(Kadek Bonit Permadi/Getty Images)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 1 de fevereiro de 2025 às 08h00.

Os desastres relacionados à mudança do clima causaram mais de US$ 3,6 trilhões (cerca de R$ 21 trilhões) em prejuízos econômicos desde o início dos anos 2000 e a inação pode gerar perdas de até 22% no PIB global até o final do século. O alerta vem de um estudo do Boston Consulting Group (BCG) e da Alliance of CEO Climate Leaders do Fórum Econômico Mundial (WEF).

O relatório destaca que temperaturas mais altas intensificam secas, tempestades e incêndios florestais, agravando os danos à economia . Os oceanos cada vez mais quentes também alimentam tempestades mais fortes, e o aumento da umidade no ar eleva os riscos de inundações.

Mesmo com a série de impactos, menos de 20% das mil maiores empresas do mundo estabeleceram metas alinhadas ao Acordo de Paris , firmado em 2015 na COP21 para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C. Além disso, menos de 10% possuem planos abrangentes para zerar emissões e quase 40% das companhias não têm qualquer compromisso de neutralidade de carbono.

Impacto nos negócios

Ricardo Pierozzi, diretor executivo e sócio do BCG, destaca que até 25% do EBITDA (um dos indicadores mais usados para analisar empresas de capital aberto) está exposto a riscos climáticos, especialmente em setores como utilidades, comunicações, construção e infraestrutura.

Eventos climáticos extremos se tornam cada vez mais frequentes e severos, causando impactos econômicos brutais. Enfrentar esses desafios exige medidas robustas de resiliência”, disse em nota.

A pesquisa também alerta que empresas que não investirem em descarbonização poderão sofrer sanções regulatórias e desvalorização de mercado.

Por outro lado, companhias que adotam medidas de adaptação têm retornos de US$ 2 (R$ 10) a US$ 19 (R$ 95) para cada US$ 1 (R$ 5) investido.

Pierozzi recomenda que CEOs e conselhos de administração adotem três ações estratégicas: proteger os negócios existentes por meio da redução de emissões e aumento da resiliência operacional, rever alocações de capital para explorar novas oportunidades alinhadas à estratégia climática e estruturar governança, processos e sistemas para monitorar riscos e identificar oportunidades de crescimento sustentável.

Aquelas que anteciparem essas mudanças tendem a se posicionar melhor no mercado, capturando valor e garantindo maior resiliência econômica, reitera o executivo.

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