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Mudanças climáticas deixaram 242 milhões de crianças fora das aulas, diz estudo

Levantamento da UNICEF avalia que cenário no Brasil foi de 1,17 milhão de estudantes prejudicados

No panorama global, ondas de calor foram as principais responsáveis pelo fechamento de escolas (Newton Menezes/FuturaPress)

No panorama global, ondas de calor foram as principais responsáveis pelo fechamento de escolas (Newton Menezes/FuturaPress)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 25 de janeiro de 2025 às 10h00.

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Um estudo do Unicef revelou que, em 2024, mais de 242 milhões de crianças e adolescentes, de 85 países, tiveram suas rotinas escolares interrompidas por causa de eventos climáticos extremos. O relatório, divulgado nesta quinta-feira (23), no Dia da Educação, é o primeiro a abordar os impactos diretos da crise climática na educação global.

O Brasil aparece como um dos países mais afetados, com 1,17 milhão de estudantes prejudicados. No Rio Grande do Sul, as fortes chuvas de maio deixaram 740 mil alunos sem aula, após o fechamento de 2.338 escolas estaduais. Segundo o relatório, as enchentes foram o principal fator de paralisação das atividades escolares no país.

Outro fator destacado foi a seca na região amazônica, que atingiu comunidades indígenas e não indígenas. No total, mais de 100 escolas indígenas e 1.600 fora dessas áreas suspenderam as aulas, prejudicando 436 mil estudantes.

No panorama global, ondas de calor foram as principais responsáveis pelo fechamento de escolas. Em abril de 2024, 118 milhões de crianças ficaram sem aulas devido às altas temperaturas, especialmente em países do sul da Ásia, como Bangladesh e Filipinas. No Camboja, o calor extremo levou o governo a reduzir o horário escolar em duas horas para proteger os estudantes.

Impactos na educação

“O corpo das crianças é especialmente sensível ao calor extremo, o que compromete não apenas sua saúde, mas também sua concentração em ambientes sem proteção adequada”, explicou Catherine Russell, diretora-executiva do Unicef.

O relatório alerta que fenômenos climáticos, como secas, enchentes e ondas de calor, destroem infraestruturas escolares, bloqueiam acessos e expõem crianças a riscos físicos, ampliando as desigualdades no acesso à educação.

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O Unicef defende que governos e organizações invistam em estratégias para tornar as escolas mais resilientes às mudanças climáticas. Medidas como a adaptação de infraestruturas, capacitação de professores e desenvolvimento de políticas públicas são fundamentais para mitigar os impactos da crise climática na educação.

"O direito à educação está em risco, especialmente nas comunidades mais vulneráveis, que já enfrentam barreiras significativas. É urgente agir para proteger o futuro das crianças", concluiu.

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