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Mourão inicia tour para apresentar Amazônia a ministros europeus

Vice-presidente busca recuperar a imagem do país no exterior, arranhada pelo aumento recorde do desmatamento na floresta e pelo desmanche da fiscalização

O vice-presidente Hamilton Mourão: “Os embaixadores não têm o conhecimento pleno de como o ribeirinho ganha seu pão diário" (Adriano Machado/Reuters)

O vice-presidente Hamilton Mourão: “Os embaixadores não têm o conhecimento pleno de como o ribeirinho ganha seu pão diário" (Adriano Machado/Reuters)

RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 4 de novembro de 2020 às 06h00.

Começa nesta quarta-feira, 4, o tour pela Amazônia organizado pelo vice-presidente, Hamilton Mourão com embaixadores de vários países. O objetivo é recuperar a imagem do Brasil no exterior, arranhada por conta do aumento recente no desmatamento e pelo desmanche da estrutura de fiscalização ambiental promovido pelo governo Bolsonaro. 

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A viagem começa com um sobrevoo pela região. Mourão espera “apresentar” a Amazônia aos estrangeiros, em sua maioria europeus. “Os embaixadores não têm o conhecimento pleno de como a vida na Amazônia prossegue, de como o ribeirinho ganha seu pão diário, e agora terão oportunidade de ver isso com os seus próprios olhos”, afirmou o vice-presidente, em seu programa de rádio oficial. 

Confirmaram presença representantes da União Europeia, Reino Unido, França, Espanha, Portugal, Suécia e Alemanha, Canadá, África do Sul, Peru e Colômbia. Do Brasil, participarão da viagem cinco ministros: do Meio Ambiente, Ricardo Salles; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; da Agricultura, Tereza Cristina; do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno; e de um representante do Ministério da Saúde. 

Além do sobrevoo, que passará pelos municípios de Novo Progresso e Castelo dos Sonhos, estão previstos passeios por Manaus, São Gabriel da Cachoeira (AM), e visitas ao 5º Pelotão Especial de Fronteira na comunidade de Maturacá (AM), na fronteira com a Venezuela, ao zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Exército e ao Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM).

Desde junho, o Exército conduz uma operação na região para conter o desmatamento. Mourão, que é militar, assumiu o comando do Conselho Amazônia, criado para coordenar as ações federais de proteção e desenvolvimento da floresta. Mesmo assim, em agosto, o volume de queimadas registradas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que faz o monitoramento via satélite da região, foi o maior do ano e o segundo maior da década: 29.307 focos de calor.

A pressão sobre o governo pelo fim do desmatamento tem sido grande. Em setembro, uma coalizão de 230 organizações e empresas enviou na terça-feira, 15, uma carta ao alto escalão do governo federal com seis propostas para reduzir o desmatamento. Estão no grupo empresas como JBS, Klabin, Marfrig, Natura e Unilever, além de ONGs como WWF Brasil, TNC, Imazon e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Os pedidos do setor produtivo para que o Brasil reveja sua política ambiental reúne as maiores empresas nacionais, cuja receita somada representa 40% do PIB brasileiro. 

O fogo na Amazônia também preocupa a população. Uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) aponta que mais da metade (55%) dos brasileiros considera o cenário atual muito preocupante e 60% apontam a Floresta Amazônica como o ecossistema mais ameaçado do país. Esse percentual é especialmente relevante considerando que 94% dos entrevistados consideram que a preservação da Amazônia é essencial para a identidade nacional. 

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