ESG

Patrocínio:

espro_fa64bd

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Motiva, ex-CCR, lança maior programa privado de fomento à educação ambiental do Brasil

Durante o TEDx Amazônia, a companhia de infraestrutura e mobilidade anunciou a iniciativa ‘Escolas Baseadas na Natureza’ e deve beneficiar mais de 170 mil estudantes em 280 cidades

Para ampliar o alcance do projeto, será lançado um prêmio que reconhecerá cinco escolas públicas em destaque pela educação ambiental (Getty Images)

Para ampliar o alcance do projeto, será lançado um prêmio que reconhecerá cinco escolas públicas em destaque pela educação ambiental (Getty Images)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 9 de junho de 2025 às 16h55.

Última atualização em 9 de junho de 2025 às 17h12.

Você sabia que quatro em cada dez escolas não possuem áreas verdes e 1,5 milhão de alunos estudam em instituições que não têm praças e parques num raio de 500 metros?

Foi esse cenário preocupante revelado por uma pesquisa do MapBiomas, Instituto Alana e Fiquem Sabendo que inspirou a Motiva, companhia de infraestrutura e mobilidade, a lançar uma iniciativa privada que se propõe a ser a maior de fomento à educação ambiental do Brasil. 

Em parceria com o Instituto Alana e alinhado ao Plano Nacional da Educação, o projeto batizado de "Escolas Baseadas na Natureza" foi apresentado durante o TEDx Amazônia, realizado em Belém do Pará no último fim de semana, e deve contemplar 280 cidades das cinco regiões brasileiras.  

Com alcance nacional, serão mais de 170 mil estudantes beneficiados com conhecimentos teóricos e práticos relacionados às mudanças climáticas e conscientização ambiental nas escolas.

Ao todo, o projeto será executado em três etapas até 2027. A primeira fase, com início em 2025, foca na sensibilização, apresentando o conceito de educação com base na natureza por meio de cursos a distância, jogos e projetos pedagógicos.

Em 2026, na fase de experienciação, os estudantes serão incentivados a propor soluções para desafios climáticos por meio de hackathons e outras metodologias práticas. A última etapa, prevista para 2027, visa mobilizar escolas e comunidades para implementar ações de impacto ambiental em suas áreas.

Segundo a Motiva, outro dado norteia a iniciativa: seis em cada dez escolas estão localizadas em territórios com temperatura pelo menos 1°C acima da média de suas capitais, e 370 mil crianças estudam em áreas de risco de desastres naturais — como deslizamentos e alagamentos.

Formação a distância para educadores

O curso oferecido pelo programa tem duração de 40 horas, é 100% online e aberto a qualquer educador do país. Durante a formação, os profissionais são apresentados aos fundamentos da "Educação baseada na Natureza", ao conceito de crise climática e seus impactos na educação, além da importância do contato com a natureza para o desenvolvimento integral dos alunos.

A capacitação também estimula os educadores a refletirem sobre como integrar soluções baseadas na natureza no ambiente escolar e a elaborar projetos práticos para aplicação.

Prêmio para as iniciativas destaque

Para ampliar o alcance do projeto, será lançado o "Prêmio Escolas Baseadas na Natureza", que reconhecerá cinco escolas públicas por suas ações em destaque de educação ambiental.

Cada instituição premiada receberá até R$ 100 mil para melhorias em infraestrutura, além de mentoria pedagógica e consultoria em arquitetura escolar sustentável.

As inscrições estão previstas para junho, com anúncio dos vencedores em julho. O objetivo é valorizar ações como a criação de pátios naturalizados, hortas pedagógicas, sistemas de captação de água da chuva e uso de energias renováveis.

Impacto social por meio da educação 

O novo programa nasce da reformulação do antigo "Caminhos para a Cidadania", lançado em 2002 pela Motiva. Em 2024, a iniciativa impactou mais de 6 mil educadores em 1,7 mil escolas de 280 municípios, beneficiando indiretamente quase 177 mil alunos do ensino fundamental.

A mudança de foco está alinhada à nova estratégia do Instituto CCR, braço social da companhia, que direcionará seus esforços para o tema de cidades e comunidades sustentáveis. Ao longo de 2025, a estimativa é investir R$ 71 milhões em projetos de impacto social. 

Acompanhe tudo sobre:ESGSustentabilidadeClimaMudanças climáticas

Mais de ESG

Qualy, da BRF, compensa emissões de CO2 em ações publicitárias e conecta comunicação ao ESG

Em Conferência dos Oceanos, ONU clama por tratado global e Brasil deve ampliar áreas protegidas

Em parceria com a Afya, Exame realiza ESG Summit em Belém sobre impactos climáticos na saúde

Líderes mundiais se reúnem na França para discutir ameaças aos oceanos