Minerva Foods: empresa já usa energia renóvavel em 100% da operação (Ricardo Benichio/Exame)
A Minerva Foods tem se esforçado para aplicar, de maneira prática, o ESG (sigla em inglês para definir critérios ambientais, sociais e de governança) em seu dia a dia. Agora, a jornada em busca de mais comprometimento socioambiental acaba de ganhar novos contornos: a empresa foi reconhecida como a primeira companhia brasileira a operar apenas com energia renovável em todas as unidades operacionais. A ação foi celebrada com o Selo Energia Renovável, emitido pelo Instituto Totum, em parceria com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e a Associação Brasileira de Energia Limpa (Abragel)
O reconhecimento vem seguido de alguns critérios, como a garantia de que a empresa compra certificados de energia renovável (I-RECs) em quantidade suficiente para compensar o gasto energético de suas operações em todo o território nacional. Com a iniciativa, a empresa zerou 100% as emissões líquidas no escopo 2 — aquelas provenientes da aquisição de energia elétrica consumida. No caso da Minerva, a energia renovável adquirida vem de parques eólicos.
Para garantir a sustentabilidade, os certificados são chancelados pela REC Brazil, programa de certificação de energia renovável, que fica a cargo de garantir as boas práticas de desempenho, eficiência e atuação social também nas usinas eólicas que emitem os certificados.
"Esta é mais uma grande conquista, proveniente da agenda de ESG da companhia, que vem sendo intensificada ano após ano. O Selo de Energia Renovável visa fomentar o mercado nacional de energia gerada a partir de fontes renováveis, e contempla as empresas que têm se destacado com a promoção da sustentabilidade no abastecimento de energia", diz Taciano Custódio, diretor de sustentabilidade da Minerva Foods.
O reconhecimento relacionado às energias renováveis vem para reforçar o compromisso da empresa com a sustentabilidade, segundo a Minerva.
No início de 2021, a companhia foi reconhecida como a segunda entre as principais empresas do setor de proteína animal com o menor vínculo com desmatamento em um ranking global da ONG britânica Global Canopy, ficando atrás apenas da JBS. O ranking elencou 500 empresas de todo o mundo que apresentam os menores riscos de exposição a fornecedores de commodities com algum risco florestal. A empresa faz isso com a ajuda da tecnologia de georreferenciamento, que garante a rastreabilidade de fornecedores diretos.
No ano passado, a empresa excedeu os limites da Amazônia e levou o monitoramento ao Cerrado, bioma que sofre com índices alarmantes de desmatamento e que já perdeu 50% de sua área original. A preocupação com a preservação do Cerrado também é reflexo direto da pressão de investidores e multinacionais por cadeias de menor impacto e comprometimento ambiental. Hoje já são 15 milhões de hectares monitorados em todos os biomas brasileiros e no Paraguai.
A matriz energética mais limpa também deve ajudar a companhia a mitigar seus impactos climáticos e atingir a meta de reduzir, até 2030, 30% das emissões de gases causadores de efeito estufa dos escopos 1 e 2. Para os próximos anos, os investimentos dedicados a mitigar as emissões poluentes serão de 1,5 bilhão de reais.
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