ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Mercado de hidrogênio verde deve chegar a marca de 1,4 trilhão de dólares até 2050

Estudo e plataforma de análise da Deloitte trazem dados e projeções importantes sobre o futuro do mercado global de hidrogênio verde

Produção de hidrogênio verde: o componente sustentável se mostra como uma grande oportunidade de crescimento para países em desenvolvimento, segundo informações da Deloitte (Getty Images/Getty Images)

Produção de hidrogênio verde: o componente sustentável se mostra como uma grande oportunidade de crescimento para países em desenvolvimento, segundo informações da Deloitte (Getty Images/Getty Images)

Fernanda Bastos
Fernanda Bastos

Repórter de ESG

Publicado em 29 de agosto de 2023 às 09h23.

O hidrogênio verde pode acelerar a descarbonização, uma vez que a comercialização pode superar a de gás natural líquido até 2030, gerando, assim, um mercado de US$ 1,4 trilhão anuais até 2050. Neste cenário, há oportunidade para lideranças globais acelerarem suas jornadas de crescimento sustentável, de acordo com o estudo Perspectivas globais para o hidrogênio verde 2023: Energizando o caminho para a descarbonização realizado pela consultoria Deloitte,

A produção de hidrogênio verde pode proporcionar, de 2030 a 2050, até dois milhões de empregos por ano globalmente, sendo um ótima oportunidade para países em desenvolvimento. Essa projeção vem da ferramenta de simulação da Deloitte, a Hydrogen Pathway Explorer (HyPE), que conta com análises sobre o fornecimento de hidrogênio no mundo. 

“Ainda que a demanda pelo hidrogênio verde dispare nas economias mais avançadas, será o estabelecimento bem-sucedido desse mercado nos países em desenvolvimento que permitirá a estruturação de uma cadeia verdadeiramente global. Temos pela frente um desafio: converter essa indústria de nascente a gigante global em menos de três décadas”, diz Maria Emília Peres, líder das ofertas integradas da Deloitte Brasil para o clima, sustentabilidade e equidade. 

O HyPE ainda afirma que o hidrogênio verde pode fornecer até 85 gigatoneladas em reduções nas emissões cumulativas de CO2 até 2050, mais que o dobro das emissões globais de CO2 em 2021.

“Embora energias eólica e solar e de outras fontes renováveis mais tradicionais sejam essenciais para um futuro NetZero, nossa pesquisa demonstra que o hidrogênio verde pode ajudar a descarbonizar parte dos setores mais intensivos do mundo em emissões, mitigando os efeitos da mudança climática e estimulando o crescimento econômico”, afirmou Joe Ucuzoglu, CEO global da Deloitte

Mercado de hidrogênio 

Para que o comércio de hidrogênio verde avance é necessário que haja cooperação inter regional, para diversificar a infraestrutura logística. Aquelas regiões que são capazes de produzir hidrogênio a preços competitivos e em quantidades maiores, já se posicionam como possíveis futuros exportadores. 

A previsão é de que o comércio global de hidrogênio pode gerar mais de US$ 280 bilhões em receitas anuais de exportação até 2050 – dentre os países e mercados, o norte africano é apontado como maior beneficiado com US$ 110 bilhões por ano, por conta do seu potencial de exportação.

Carreira Verde: aulas gratuitas mostram como ingressar na área que está transformando o mercado

Investimentos em sustentabilidade

Em relação aos investimentos, mais de US$ 9 trilhões deverão ser injetados na cadeia global de abastecimento de hidrogênio limpo para ajudar no alcance do net zero até 2050. Desse total, cerca de US$ 3 trilhões serão investidos em economias em desenvolvimento.

Já o suprimento de hidrogênio verde precisa crescer para aproximadamente 600 MtH2eq em 2050 para ajudar a alcançar a neutralidade climática. Porém, considerando os projetos atuais e propostas de investimento em hidrogênio limpo, a capacidade de produção coletiva só atenderia a um quarto da demanda projetada para 2030.

Definição de políticas sobre hidrogênio limpo

O relatório da Deloitte recomenda alguns fatores para definição de políticas públicas consistentes sobre esse mercado, sendo eles: a elaboração de estratégias nacionais e regionais para a credibilidade ao mercado de hidrogênio verde; desenvolvimento de um processo estruturado e transparente de certificação; estabelecimento de interlocutores para uma coordenação internacional na mitigação de tensões políticas.

Há também a necessidade de estimular a ação, com metas claras para a formação de mercados bem definidos para produtos à base de hidrogênio verde. Além disso, o oferecimento de incentivos fiscais, voltados à redução da diferença dos custos entre tecnologias limpas e as baseadas em recursos fósseis é bastante relevante. 

A pesquisa termina trazendo a necessidade da resiliência para este mercado, onde é preciso diversificar cadeias de valor – desde parceiros comerciais aos fornecedores – a fim de evitar percalços e impactos de custo durante a transição. É importante melhorar a infraestrutura de transporte, com foco em oleodutos e rotas marítimas, e de armazenamento com reservas de commodities limpas de hidrogênio.

“Se governos e empresas apoiarem o hidrogênio verde de forma decisiva, esse mercado poderá superar a produção de hidrogênio intensivo em carbono em menos de dez anos. “Reduzir emissões de carbono e os danos físicos e econômicos da mudança climática será uma grande vitória para nações e empresas, ajudando a consolidar a expansão e resiliência da economia global de forma coletiva”, disse Jennifer Steinmann, líder global da Prática de sustentabilidade e clima da Deloitte.

Como o hidrogênio verde é produzido? 

O hidrogênio verde é produzido a partir da divisão de moléculas de água, separando seus átomos de hidrogênio do átomo de oxigênio por meio da eletricidade gerada por fontes renováveis. 

Acompanhe tudo sobre:SustentabilidadeMeio ambienteDeloittePesquisas de mercadoEmissões de CO2NetZero

Mais de ESG

Entenda os principais acordos da COP29 em Baku

COP29: ONU esperava mais ambição. Leia reações de países ao acordo final

COP29 aprova US$ 300 bi para financiamento climático após muito impasse

COP29: Regras de mercado de carbono internacional são aprovadas