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Mecanismo lançado na COP30 prevê R$ 550 milhões para ações em terras indígenas

Previsto para apoiar a implementação da PNGATI, o Vítuke deve beneficiar cerca de 300 mil indígenas e fortalecer a gestão territorial e ambiental em mais de 100 milhões de hectares

Gestão: novo instrumento, batizado de Vítuke, terá recursos direcionados a ações voltadas aos povos indígenas (Leandro Fonseca /Exame)

Gestão: novo instrumento, batizado de Vítuke, terá recursos direcionados a ações voltadas aos povos indígenas (Leandro Fonseca /Exame)

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 19 de novembro de 2025 às 12h29.

Última atualização em 19 de novembro de 2025 às 13h09.

Um novo mecanismo financeiro, voltado ao fortalecimento da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI), foi lançado na última terça-feira (18) com o objetivo de mobilizar, de início, R$ 550 milhões. Os recursos serão direcionados a ações voltadas aos povos indígenas.

Apresentado pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI) durante a COP30, em Belém, o instrumento, batizado de Vítuke — na língua Terena, significa “nosso” -, foi formulado com a participação de organizações do movimento indígena. Entre elas, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB). No entanto, a gestão ficará com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

Segundo a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, "a construção do mecanismo é mais um importante passo no reconhecimento dos povos indígenas como os maiores protetores da biodiversidade”,  contribuindo para a autonomia das comunidades.

Com mais de 800 terras indígenas em diferentes etapas de processo demarcatório, o novo mecanismo poderá servir como apoio à proteção de 100 milhões de hectares, impactando em torno de 300 mil indígenas - número que corresponde a quase metade da população indígena registrada no Censo 2022 do IBGE.

Os projetos financiados deverão se concentrar em seis eixos principais:

  • Proteção territorial e dos recursos naturais;

  • Governança indígena e participação;

  • Prevenção e restauração de danos ambientais;

  • Uso sustentável dos recursos naturais e iniciativas produtivas;

  • Capacitação, formação e intercâmbio de conhecimentos;

  • Infraestrutura de gestão.

Estudos apontam que terras indígenas têm se mostrado mais eficazes na manutenção da floresta em pé. Segundo dados do MapBiomas, entre 1991 e 2021, perderam apenas 1,2% da vegetação nativa, enquanto em áreas privadas a perda chegou a 19,9%.

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