Maya Gabeira na Conferência dos Oceanos, em Lisboa (Leandro Fonseca/Exame)
Marina Filippe
Publicado em 28 de junho de 2022 às 10h00.
Última atualização em 28 de junho de 2022 às 13h50.
Em uma das áreas de palestras da Conferência dos Oceanos em Lisboa, a surfista brasileira Maya Gabeira se destacava ao segurar uma prancha de surf. Ela, que havia acabado de ser nomeada a Campeã para o Oceano e Juventude e Embaixadora Boa Vontade da Unesco, falou à EXAME sobre seu papel para influenciar a sociedade no combate à poluição dos mares.
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“É importante comunicar as ações para as mudanças no dia a dia. É preciso também envolver quem toma as decisões, sempre com base na ciência para entender como de fato reverter o declínio dos oceanos”, diz. Segundo ela, sua nomeação envolve um processo contínuo de aprendizado para comunicar o que sabe e acredita.
Além disso, a surfista reforça sua influência e percepção a partir do contato intenso com o mar. “Passo bastante tempo na água e acabo conhecendo várias costas do mundo. Em 15 anos como profissional do surf, eu vejo um aumento de plástico em todos os lugares do mundo que eu surfo que me assusta bastante. Eu sempre falo que a mudança mais visível para mim, apesar de eu saber e entender bastante das outras, o plástico é a que visivelmente está em todo o canto.”
Dados mais recentes do Pnuma revelam que o total de plásticos que existe atualmente nos oceanos varia entre 75 a 199 milhões de toneladas. Com o aumento da população mundial, mudanças nos padrões de consumo acabam gerando mais lixo.
Para ela, também é preciso falar de questões menos visíveis no seu dia a dia como desastres nas costas, corais mortos e mais.
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