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Marina Silva e outras lideranças retornam à COP29 para salvar reta final de negociações

Ministra desembarca na madrugada desta quinta-feira em Baku, acompanhada do embaixador André Corrêa do Lago. Outros ministros estrangeiros chegaram para tentar destravar impasses financeiros e de transição

Ministra Marina Silva integra tropa multinacional que deve tentar destravar negociações  (Leandro Fonseca/Exame)

Ministra Marina Silva integra tropa multinacional que deve tentar destravar negociações (Leandro Fonseca/Exame)

Lia Rizzo
Lia Rizzo

Editora ESG

Publicado em 20 de novembro de 2024 às 13h03.

Última atualização em 20 de novembro de 2024 às 13h09.

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Uma das mais experientes figuras em negociações difíceis nas COPs, Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, está em trânsito para o Azerbaijão, acompanhada do embaixador André Corrêa do Lago, conforme informou à EXAME a assessoria de imprensa do Ministério.

O retorno já previsto engrossa o vaivém de autoridades que deixaram a COP29 rumo ao G20, como o especialista em clima e chefe da delegação dos EUA na Cúpula de Baku, John Podesta. Porém, carrega peso adicional, já que a estratégia de ter esses representantes no G20 para pressionar apoio às ações climáticas na reunião de líderes não surtiu todo o efeito esperado.

Havia grande expectativa de que a repercussão da reunião brasileira influenciasse o ritmo de negociações no Azerbaijão, que caminham com morosidade e sob pressão pró-combustíveis fósseis, reforçada de forma explícita pelo presidente azerbaijano Ilham Aliyev, e de maneira implícita pela massiva presença de lobistas do setor pretoleiro pelos corredores da Conferência.

Agenda tímida em Dubai, paralisada em Baku

Depois de Aliyev chamar petróleo e gás de "presente de Deus", o Azerbaijão deu a entender na última segunda-feira, que não deverá promoverá mudanças  em sua própria meta climática - em setembro deste ano, portanto dois meses antes da COP29, o país sede já havia recebido duras críticas da ONU, "pelos esforços climáticos severamente insuficientes".

Daí a importância de estarem de volta, veteranos como Marina Silva, Podesta e uma lista que inclui, desde segunda-feira, 18, nomes como Ed Milibrand, secretário britânico para Segurança Energética e Net Zero, Annalena Baerbock, Ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Sophie Hermans, Vice-primeira-ministra e Ministra da Política Climática e Crescimento Verde da Holanda, e Dion George, Ministro do Meio Ambiente, Florestas e Pesca da África do Sul.

Nos próximos dois dias, é sobretudo pelas mãos desta tropa multinacional que se esperam finalmente os avanços no acordo final de próximos passos da transição energética, da migração para fontes mais sustentáveis até 2050 - agenda timidamente acordada na COP28 em Dubai, que encontra-se praticamente paralisada na 29ºConferência - e dos imprescindíveis financiamentos.

Acompanhe tudo sobre:COP29Marina SilvaMudanças climáticas

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