ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Maiores empresas globais reduzem emissões, mas apenas 16% devem alcançar o net zero

Estudo da Accenture analisou as metas de emissões zero das companhias até 2050 e concluiu que a descarbonização ainda é insuficiente, além de sugerir o maior uso da inteligência artificial para chegar lá

O estudo sugere que a IA pode ser uma oportunidade para alavancar a descabonização nas empresas

O estudo sugere que a IA pode ser uma oportunidade para alavancar a descabonização nas empresas

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 2 de dezembro de 2024 às 17h39.

Última atualização em 2 de dezembro de 2024 às 17h41.

Embora mais da metade (52%) das maiores empresas do mundo tenha reduzido suas emissões em relação ao Acordo de Paris, apenas 16% deve alcançar o net zero ou as emissões líquidas zero até 2050. É isto que revela o novo relatório de 2024 divulgado nesta segunda-feira (2) pela consultoria Accenture, após analisar os compromissos ESG de 2 mil companhias do setor privado e público.

O número ficou abaixo dos 18% registrados no ano passado e significa que o ritmo atual de descarbonização ainda não é suficiente para atingir as metas climáticas globais. Além disso, a análise identificou que 37% das metas se encontram estagnadas e 45% das empresas continua a aumentar suas pegadas de carbono. 

O termo "Net Zero" se refere a um cenário em que a quantidade de gases de efeito estufa emitidos na atmosfera é equilibrada pela quantidade removida, o que significa uma contribuição nula para o aquecimento global. O Acordo de Paris estipula que o marco é essencial para que o planeta consiga limitar o aumento da temperatura em 1,5ºC.

Por outro lado, a Accenture destaca a necessidade de expandir o uso da inteligência artificial (IA) para diminuir as emissões. Atualmente, apenas 14% delas apresentam evidências de uso da tecnologia para a finalidade de descabonizar suas operações e cadeias e grande parte está na Europa (20%), em comparação com 14% na Ásia-Pacífico e 10% na América do Norte. 

Felipe Bottini, líder da área de sustentabilidade da Accenture no Brasil, disse em nota que embora a redução das emissões seja um marco significativo para alcançar o net zero, é preciso avançar mais rapidamente, reinventar cadeias de valor sustentáveis e apostar em tecnologias.

"A IA pode ajudar, mas só pode ir até certo ponto. O cenário mais realista é que esta inicialmente emita mais do que compense, até que um ponto crítico seja alcançado. O escalonamento responsável e sustentável significa garantir que esse ponto seja atingido o quanto antes", destacou. 

Aposta na IA

A inteligência artificial é demandante em energia para funcionar -- e se não forem utilizadas fontes renováveis ou limpas -- há um impacto negativo para a organização.

Para entender este uso, a consultoria modelou o uso de hardware nos data centers pelo mundo e previu que as emissões relacionadas à tecnologia aumentarão mais de 10 vezes (de 68 para 718 milhões de toneladas de CO2 até 2030) caso não se tenham inovações em sistemas de energia, computing technology e algoritmos.

Mesmo assim a maioria dos líderes está otimista quanto ao potencial da IA na descarbonização. Em relação ao seu impacto, 42% espera que ela reduza as emissões, contra os 27% que acredita em um aumento ao curto prazo de três anos. Já em um período de 10 anos, a maioria (65%) projeta a redução.

O estudo também identificou que 80% das empresas têm adotado cinco alavancas-chave para descarbonizar: eficiência energética, menor geração de resíduos, energias renováveis, princípios da economia circular e redução de impacto em edifícios. Enquanto isso, 30% adotam 15 ou mais.

Acompanhe tudo sobre:ESGSustentabilidadeMudanças climáticasClimaEmissões de CO2

Mais de ESG

EXAME Elas lideram: executivas do C-level pedem ações concretas por representatividade

Chuvas das Terras Indígenas da Amazônia abastecem 80% do agronegócio brasileiro, diz estudo

Física ou Inteligência Artificial: qual é melhor para prever o tempo e o clima?

Itália vai obrigar empresas a contratar seguro contra desastres climáticos