ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Logística Reversa: o que é, para que serve e benefícios

Entenda como a logística reversa pode trazer benefícios e criar negócios sustentáveis

Cooperativa de reciclagem: os clientes da eureciclo pagam para a startup gerenciar a coleta seletiva (Divulgação/Divulgação)

Cooperativa de reciclagem: os clientes da eureciclo pagam para a startup gerenciar a coleta seletiva (Divulgação/Divulgação)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 17 de novembro de 2023 às 09h00.

A logística reversa, uma abordagem estratégica essencial, ganha destaque na gestão contemporânea.

Ao analisar a gestão eficiente de resíduos e a recuperação de produtos, examinamos como as organizações podem transformar desafios em oportunidades sustentáveis.

Descubra como essa prática inovadora está moldando o futuro da cadeia de suprimentos e promovendo a responsabilidade empresarial.

Este artigo explora a dinâmica complexa desse processo, revelando suas implicações econômicas e ambientais.

O que é logística reversa?

A logística reversa é um conceito fundamental na gestão de cadeias de suprimentos, dedicado ao retorno de produtos e materiais do consumidor de volta ao ponto de origem. Ao contrário da logística tradicional, que se concentra no movimento dos produtos do fabricante para o consumidor, esse processo aborda o fluxo inverso.

Essa prática abrange diversas atividades, desde a coleta e triagem de produtos descartados até a recuperação de materiais para reciclagem ou reutilização.

Esse processo desempenha um papel crucial na sustentabilidade ambiental, reduzindo resíduos e minimizando o impacto negativo no ecossistema. Além disso, proporciona benefícios econômicos ao possibilitar a reintegração de produtos no ciclo produtivo, gerando eficiência nos recursos.

Esse processo não se limita apenas à gestão de resíduos: inclui também a devolução de produtos não vendidos, reparo, remanufatura e até mesmo a redistribuição de mercadorias. Diversas startups estão implementando esse processo em suas operações.

Empresas que adotam estratégias eficazes nesse tipo de logística não apenas atendem às demandas crescentes por responsabilidade ambiental, mas também fortalecem a reputação da marca ao abraçar práticas comerciais mais éticas e sustentáveis. 

Qual o objetivo da logística reversa?

Para entender o que é logística reversa, é preciso compreender que seu objetivo é otimizar o retorno de produtos, embalagens e materiais após o consumo, promovendo práticas sustentáveis e minimizando impactos ambientais.

Ao contrário da logística tradicional, que foca no fluxo unidirecional do fabricante para o consumidor, a logística reversa busca gerenciar eficientemente o ciclo de vida completo dos produtos. Essa prática visa atender a diversos objetivos interligados.

Primeiramente, ela visa reduzir a geração de resíduos, promovendo a reciclagem, reutilização e recuperação de materiais. Isso contribui diretamente para a preservação dos recursos naturais e a minimização do impacto ambiental.

Além disso, ao integrar estratégias desse tipo, as empresas podem alcançar benefícios econômicos, como a redução de custos associados ao descarte de resíduos e a oportunidade de reutilizar componentes em processos de remanufatura.

Outro objetivo crucial é atender às demandas crescentes por práticas comerciais sustentáveis, destacando as empresas como socialmente responsáveis. Assim como a matriz de materialidade, outro processo que une sustentabilidade e gestão, a logística reversa pode trazer benefícios para as empresas.

Esse processo, assim, desempenha um papel estratégico na construção de uma reputação corporativa positiva, alinhando-se com as expectativas do consumidor moderno, que valoriza a responsabilidade ambiental e a economia circular.

Quais são os benefícios da logística reversa?

A implementação efetiva da logística reversa proporciona uma variedade de benefícios econômicos, ambientais e sociais. Em termos econômicos, a prática reduz custos relacionados ao descarte de resíduos, permitindo a recuperação de materiais para remanufatura e reutilização.

Isso não apenas contribui para a eficiência operacional, mas também cria novas oportunidades de receita. Ambientalmente, o conceito de logística reversa desempenha um papel crucial na gestão sustentável de resíduos.

Ao promover a reciclagem e a reutilização de produtos, ela reduz a pressão sobre os recursos naturais, minimiza a poluição e diminui a quantidade de resíduos destinados a aterros sanitários.

Além disso, a logística reversa está alinhada com as expectativas crescentes dos consumidores por práticas empresariais social e ambientalmente responsáveis. É uma forma de transformação sustentável para as empresas.

Empresas que adotam essa abordagem demonstram comprometimento com a sustentabilidade, fortalecendo a reputação da marca e estabelecendo vantagens competitivas.

Globalmente, esse processo contribui para a transição para uma economia circular, onde os produtos e materiais são reintegrados ao ciclo produtivo. Essa abordagem inovadora não apenas preserva os recursos, mas também cria um modelo mais sustentável e resiliente para as cadeias de suprimentos globais. 

Cadeias de logística reversa

Cadeias de logística reversa referem-se ao sistema de processos logísticos envolvidos na gestão do retorno de produtos e materiais ao ponto de origem. 

Estas cadeias são essenciais para a implementação eficaz desse mecanismo, uma vez que abrangem uma série de atividades desde a coleta até a reintegração dos produtos ao ciclo produtivo.

1. Coleta

No início da cadeia, a coleta se destaca como um ponto crucial. Isso envolve a criação de sistemas eficientes para recuperar produtos descartados pelos consumidores, seja por meio de programas de devolução, pontos de coleta específicos ou parcerias com organizações de reciclagem.

A logística reversa, então, se estende à triagem, onde os produtos são classificados para determinar se serão reciclados, remanufaturados, recondicionados ou descartados de maneira adequada. 

2. Transporte

A próxima etapa na cadeia é o transporte, que exige uma gestão cuidadosa para garantir a eficiência e a minimização do impacto ambiental.

A rota reversa dos produtos deve ser otimizada para reduzir custos e tempo, incorporando estratégias sustentáveis, como veículos de baixa emissão e consolidação de cargas. O transporte apropriado é um ponto fundamental, tema importante para a COP28.

3. Processamento

A fase de processamento é fundamental, pois engloba atividades como desmontagem, reparo e remanufatura. Isso não apenas estende a vida útil dos produtos, mas também reduz a demanda por novos recursos.

As empresas precisam desenvolver operações eficientes para garantir que os produtos retornem ao mercado em condições satisfatórias.

4. Reintegração

A última etapa da cadeia de logística reversa envolve a reintegração dos produtos recuperados ao ciclo produtivo. Isso pode incluir a inserção de componentes reciclados em novos produtos, promovendo assim a economia circular.

A reintegração é fundamental, pois é um passo importante quando se fala no financiamento da adaptação climática, uma vez que é por meio desse processo que se reutilizam os materiais coletados.

Uma gestão cuidadosa e estratégica dessas cadeias é fundamental para maximizar esses benefícios e contribuir para a construção de um modelo de negócios mais sustentável e consciente.

Acompanhe tudo sobre:Logística reversaLogística

Mais de ESG

COP29: ONU esperava mais ambição. Leia reações de países ao acordo final

COP29 aprova US$ 300 bi para financiamento climático após muito impasse

COP29: Regras de mercado de carbono internacional são aprovadas

Países menores abandonam negociações na COP29