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Lixo; Poluição (Dasril Roszandi/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 23 de novembro de 2023 às 09h00.
Os lixões representam um desafio global crescente, refletindo não apenas a gestão inadequada de resíduos, mas também os impactos ambientais e sociais associados.
Este artigo explora as complexidades dos lixões, analisando suas consequências devastadoras e propondo soluções inovadoras para promover práticas sustentáveis de gerenciamento de resíduos.
Um lixão é uma forma desordenada e inadequada de disposição de resíduos sólidos, caracterizada pela simples descarga de lixo a céu aberto, sem qualquer medida efetiva de controle ambiental.
Diferentemente dos aterros sanitários, que buscam promover a decomposição controlada dos resíduos, os lixões representam um método obsoleto e prejudicial de lidar com o lixo.
Lixões são propícios à proliferação de doenças, contaminação do solo e da água, além de atrair animais nocivos.
Os lixões são frequentemente associados a comunidades carentes, que vivem nas proximidades e sofrem diretamente com os impactos negativos à saúde e qualidade de vida. Além disso, a decomposição anaeróbica dos resíduos em lixões produz gases de efeito estufa, contribuindo para as mudanças climáticas.
A superação dos desafios apresentados pelos lixões exige abordagens integradas, incluindo políticas públicas eficientes, conscientização da sociedade e a implementação de tecnologias sustentáveis de gestão de resíduos capazes de erradicar os lixões.
Para entender o que são lixões, é importante compreender que um lixão funciona como um local improvisado para a disposição de resíduos sólidos, onde o lixo é despejado a céu aberto sem controle estruturado. Inicialmente, os resíduos são depositados de maneira desorganizada, sem qualquer separação ou tratamento.
Essa prática resulta em uma mistura heterogênea de materiais, incluindo plásticos, metais, orgânicos e outros resíduos.
A decomposição dos resíduos em um lixão ocorre predominantemente de forma anaeróbica, pois a falta de ordenamento impede a entrada adequada de oxigênio. Esse processo gera gases como metano, um potente contribuinte para o aquecimento global.
Os lixões carecem de medidas de proteção ambiental, permitindo a contaminação do solo e da água circundantes. Além disso, a presença de lixões muitas vezes atrai catadores em busca de materiais recicláveis, expondo-os a riscos de saúde significativos.
O funcionamento de um lixão é marcado pela falta de controle, riscos para a saúde pública e impactos ambientais negativos, como o efeito estufa, que continua crescendo ao longo dos anos.
A diferença entre lixão e aterro sanitário reside principalmente nos métodos de disposição de resíduos e nos impactos ambientais associados.
Um lixão é uma forma desorganizada e inadequada de descarte de lixo a céu aberto, sem controle efetivo ou medidas para evitar a contaminação ambiental.
Os resíduos são depositados de maneira indiscriminada, sem tratamento prévio, resultando em riscos à saúde pública e no comprometimento do meio ambiente.
Por outro lado, um aterro sanitário é uma instalação planejada e controlada para a disposição final de resíduos sólidos. Esse método envolve a compactação e cobertura diária dos resíduos, promovendo a decomposição aeróbica e reduzindo a produção de gases poluentes.
Barreiras de impermeabilização e sistemas de coleta de lixiviados são implementados para evitar a contaminação do solo e da água. Algumas startups ESG buscam criar aterros sanitários de forma a gerar energia e diminuir a poluição.
Lixões exercem impactos ambientais significativos, afetando negativamente ecossistemas e recursos naturais. A deposição inadequada de resíduos sólidos a céu aberto gera poluição do solo, comprometendo sua fertilidade e propiciando a infiltração de substâncias tóxicas.
A contaminação do lençol freático é uma consequência direta, resultando em problemas de qualidade da água e afetando a saúde humana e da vida selvagem.
A decomposição anaeróbica dos resíduos em lixões libera gases nocivos, como o metano, contribuindo para mudanças climáticas e o efeito estuda. Além disso, a presença de lixões atrai pragas e vetores de doenças, representando riscos para comunidades locais.
O impacto estético também é relevante, pois lixões prejudicam a paisagem e desvalorizam áreas circundantes. A necessidade de expansão desses locais para acomodar mais resíduos agrava ainda mais esses problemas, destacando a urgência de adotar práticas mais sustentáveis de gestão de resíduos para preservar a saúde do meio ambiente.
Os lixões têm um impacto social profundo, afetando comunidades próximas de diversas maneiras. A exposição constante a resíduos não tratados aumenta os riscos à saúde da população local, resultando em doenças respiratórias, dermatológicas e gastrointestinais.
A presença de lixões também atrai catadores em busca de materiais recicláveis, muitas vezes em condições perigosas e insalubres.
Além dos impactos à saúde, os lixões geram estigmatização e exclusão social para as comunidades circundantes. Essa é uma realidade também nos lixões no Brasil. A desvalorização das áreas próximas a lixões afeta a qualidade de vida dos residentes e dificulta o acesso a serviços básicos, como educação e emprego.
A poluição do solo e da água proveniente dos lixões prejudica os recursos naturais locais, impactando a subsistência de comunidades dependentes da agricultura e da pesca.
Assim, a abordagem inadequada dos resíduos em lixões perpetua ciclos de pobreza e desigualdade, evidenciando a necessidade urgente de soluções sustentáveis e inclusivas para o gerenciamento de resíduos. Ao contrário, práticas de reciclagem integram setores da sociedade e cuidam do meio ambiente ao mesmo tempo.
O destino correto para o lixo envolve práticas de gestão de resíduos que minimizam os impactos ambientais e sociais. A opção preferencial é a implementação de aterros sanitários, instalações planejadas e controladas que promovem a decomposição aeróbica dos resíduos.
Esses locais utilizam tecnologias para evitar a contaminação do solo e da água, além de capturar gases poluentes, evitando assim o prejuízo à biodiversidade local.
A reciclagem é uma abordagem fundamental, permitindo a reutilização de materiais e a redução da demanda por recursos naturais. Compostagem é outra prática sustentável para resíduos orgânicos, transformando-os em adubo.
A conscientização pública sobre a redução do consumo e a separação adequada dos resíduos em casa também desempenha um papel crucial. Incentivar a economia circular e a produção responsável são passos essenciais para mitigar os impactos do lixo.
Portanto, uma abordagem holística que envolva governos, empresas e comunidades é necessária para alcançar um gerenciamento eficaz e sustentável dos resíduos.