Marcha pelo clima em Berlim, em 2016: no sábado, as autoridades da Alemanha divulgaram a intenção de que a União Européia crie um "clube do clima" com outros países como os Estados Unidos, Japão e até a China (foto/Getty Images)
Reuters
Publicado em 24 de maio de 2021 às 05h41.
Líderes da União Europeia irão a Bruxelas nesta segunda-feira, 24, para um encontro especial do Conselho da UE, órgão máximo de deliberações do bloco econômico.
Na pauta estão temas variados, como a resposta do bloco à pandemia, a relação dos países da União Europeia com o Reino Unido pós-Brexit e com a Rússia, além da agenda de combate às mudanças climáticas.
Em dezembro de 2019, a União Europeia ratificou o objetivo de zerar as emissões de carbono de suas economias até 2050. No ano passado, o bloco concordou em chegar a 2030 com uma redução de ao menos 55% das emissões na comparação com o patamar de 1990.
Falta, agora, definir os passos para reduzir as emissões - e ajudar o resto do mundo a seguir na mesma toada.
No sábado, as autoridades da Alemanha divulgaram a intenção de que a União Européia crie um "clube do clima" com outros países como os Estados Unidos, Japão e possivelmente até a China para evitar atritos comerciais ligados a tarifas ambientais, como o anteriormente discutido "imposto de fronteira de carbono".
O vice-chanceler alemão e ministro das Finanças, Olaf Scholz, disse neste sábado, após conversas com o primeiro-ministro de Portugal Antonio Costa, atualmente na presidência rotativa da UE, que a Europa deve se envolver com outros países para chegar a um acordo sobre regras conjuntas e padrões comuns em prol da redução das emissões de carbono.
Scholz disse que as medidas de proteção climática terão impacto na competitividade das empresas alemãs e europeias, especialmente aquelas dos setores de uso intensivo de energia.
“Portanto, é sensato não discutir apenas como a União Europeia pode fazer isso e sim como poderíamos evitar as dificuldades em termos de competitividade no mercado global”, disse ele.
A UE deve abordar outros países como os Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha, Japão e China para discutir e possivelmente chegar a acordo sobre as mesmas etapas e princípios.
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