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LATAM investe em tecnologia inspirada em tubarões que pode evitar até 6 mil toneladas de emissões

Companhia revelou em primeira mão à EXAME que implementará a AeroShark, inovação que imita as escamas dos tubarões, em todos os Boeing 777

Assim como a pele do tubarão ajuda a garantir eficiência e velocidade ao seu nado, o objetivo da tecnologia é reduzir o atrito contra o exterior do revestimento do avião

Assim como a pele do tubarão ajuda a garantir eficiência e velocidade ao seu nado, o objetivo da tecnologia é reduzir o atrito contra o exterior do revestimento do avião

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 3 de outubro de 2024 às 06h00.

A LATAM Airlines anuncia hoje, 3, novos investimentos para a instalação de uma tecnologia inspirada na pele de tubarões em suas aeronaves Boeing 777.

Chamada de AeroShark, a inovação foi criada pela Lufthansa Technik, companhia alemã de reparo de aeronaves e motores, e pela indústria química BASF. Trata-se de uma camada biônica com nervuras que imita as escamas dos tubarões, características por serem pequenas e resistentes.

Assim como a pele desses animais ajuda a garantir eficiência e velocidade ao seu nado, o objetivo da tecnologia é reduzir o atrito contra o exterior do revestimento do avião, melhorando a aerodinâmica da nave.

A tecnologia começou a ser aplicada pelas companhias em 2022, e, segundo informações da Lufthansa Technik, pode economizar até 5 milhões de toneladas de querosene por ano se aplicada em escala global.

Inovação inspirada na biodiversidade

Na prática, são filmes com uma textura quase imperceptível. Cada “escama” têm apenas 50 micrômetros de altura, o equivalente a 0,05 milímetro. Apesar do tamanho, sua instalação é capaz de melhorar o atrito das aeronaves contra o ar, gerando ganhos na eficiência energética no uso dos combustíveis.

A instalação pelo Grupo LATAM Airlines deve reduzir o consumo de combustíveis para a aviação em 2 mil toneladas métricas, evitando a emissão de 6 mil toneladas de CO2 por ano após sua instalação. Como referência, isso equivale a 28 voos de São Paulo a Miami em um Boeing 777.

A LATAM começou a testar a tecnologia em dezembro de 2023, quando sua primeira aeronave recebeu o revestimento da superfície biônica da Lufthansa Technik em São Paulo. Desde então, os testes seguiram até que a companhia comprasse que os resultados poderiam colaborar para a sua estratégia de sustentabilidade.

Tecnologia sustentável

Para o diretor de frota e projetos do grupo LATAM Airlines, Sebastián Acuto, a modernização da frota é tarefa essencial para a meta da companhia de acelerar o compromisso com a sustentabilidade e de zerar suas emissões líquidas até 2050. “Continuamos focados na inovação e na adoção de tecnologias de ponta, garantindo que nossa frota evolua em linha com nossos objetivos ambientais”, explica.

A estratégia de descarbonização da companhia ainda inclui investimentos em outras áreas e inovações, como aumento da eficiência operacional, compensação de emissões e adoção de combustíveis sustentáveis para a aviação (SAFs).

Robin Johansson, diretor sênior de Vendas para América Latina e Caribe na Lufthansa Technik, conta que o investimento do Grupo LATAM na tecnologia AeroSHARK é mais uma prova da eficácia da inovação. “Isso nos motiva a continuar utilizando nossas habilidades de engenharia e força inovadora para contribuir com uma aviação com menores emissões de CO2”, conta.

Acompanhe tudo sobre:SAFAviaçãoCarbonoBiodiversidadeLatamInovação

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