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Klabin evita emissão de 67 mil toneladas de CO2 por ano com novo projeto

Puma II aproveita os subprodutos da cadeia produtiva, gerando melhorias econômica e ambiental e reduzindo a destinação de lixo para aterro

A companhia tem mantido o reaproveitamento e a reciclagem de resíduos sólidos, que atingiram 98,5% em 2022 (Germano Lüders/Exame)

A companhia tem mantido o reaproveitamento e a reciclagem de resíduos sólidos, que atingiram 98,5% em 2022 (Germano Lüders/Exame)

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 18 de junho de 2024 às 07h00.

Com uma série de inovações que combinam tecnologia e sustentabilidade, a conclusão do Projeto Puma II, maior investimento da história da Klabin, em Ortigueira, Paraná, com o início da startup da Máquina de Papel 28, representa um dos maiores avanços na agenda ESG da Klabin em 2023. Como explica Cristiano Teixeira, diretor-geral da companhia, a unidade fabril foi totalmente idealizada para ser referência mundial em sustentabilidade e tecnologia. Desde a fase de planejamento, o projeto é alinhado aos princípios da indústria 4.0.

Graças ao projeto, as ações implementadas no Puma II permitem aproveitar com inteligência os subprodutos gerados ao longo da cadeia produtiva, o que os torna economicamente viáveis e com destinação responsável. A planta de gaseificação de biomassa, por exemplo, permitiu a substituição do consumo de óleo combustível fóssil em um dos fornos de cal da fábrica pelo Syngas, um gás de síntese produzido a partir da biomassa.

Com isso, houve a redução de mais de 67.000 toneladas de CO2 equivalente por ano. Hoje, 98% dos resíduos gerados na operação do Puma II não vão parar em aterros, mas têm como destino algum tipo de reaproveitamento, segundo o conceito da economia circular. Outra inovação do novo complexo paranaense é a planta de sulfato de potássio, que, por meio do tratamento de cinzas geradas na caldeira de recuperação, obtém a substância, empregada na formulação de fertilizantes. “Esse é um processo inédito no mercado, que torna a Klabin autossuficiente no insumo”, diz o diretor-geral.

A operação da planta de ácido sulfúrico, que processa resíduos industriais para produzir o insumo, é outro exemplo de reaproveitamento de resíduos e é responsável por tornar a Unidade Puma autossuficiente. A unidade conta ainda com uma iniciativa que usa o óleo gerado das resinas extraídas após o cozimento de pinus, o tall oil, como biocombustível nos fornos de cal. Hoje, segundo a Klabin, a unidade tem 96% de combustíveis renováveis em sua matriz energética.

Até o lodo gerado na unidade industrial passa por um processo de secagem e ganha características para ser misturado à biomassa, ser usado como combustível e gerar vapor e energia. “Por ser uma empresa de base florestal, a sustentabilidade é um valor intrínseco à nossa operação, ou seja, nosso principal objetivo no tema é mantermos a evolução constante em uma operação sustentável e responsável. Trabalhamos para garantir a evolução da matriz energética da companhia”, explica o diretor-geral.

A companhia, segundo Teixeira, tem mantido o reaproveitamento e a reciclagem de resíduos sólidos, que atingiram 98,5% em 2022. A meta é zerar a destinação de resí­duos industriais para aterros até 2030.  A descarbonização — pauta prioritária da Organização das Nações Unidas para conter o aumento da temperatura do planeta — também entrou no radar da Klabin. Segundo Teixeira, a empresa enviou ao Science Based Targets (SBTi) novas metas de curto e longo prazos, considerando as emissões absolutas de escopos 1, 2 e 3 e o cenário de limite do aumento da temperatura média global em 1,5 °C. Em 2023, a companhia divulgou o Plano de Transição Climática, um documento que apresenta a estratégia climática da companhia, incluindo as ações de mitigação do clima.

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