Presidente da Suzano, Walter Schalka. (Patricia Monteiro/Getty Images)
Victor Sena
Publicado em 13 de maio de 2021 às 12h22.
Última atualização em 13 de maio de 2021 às 12h25.
A decisão da Suzano, uma das maiores companhias do mundo de papel e celulose, de investir R$ 14,7 bilhões na construção de nova fábrica no Mato Grosso do Sul demonstra o otimismo da empresa, segundo o CEO Walter Schalka. "A companhia está sólida para fazer esse investimento", disse o executivo em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira.
A nova fábrica tem capacidade de produzir 2,3 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano. A unidade será construída no município de Ribas do Rio Pardo, a 100 quilômetros de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, e deve iniciar produção até o final do primeiro trimestre de 2024.
"Nós tomamos uma decisão de investimento muito expressiva. E é um reforço da nossa crença no setor da fibra curta. A gente acredita que a indústria brasileira de árvores é cada vez mais competitiva globalmente, mas também é uma crença no Brasil. Estamos muito felizes de estarmos participando desse projeto. Nós teremos o melhor ano para a história da companhia, mas não somos arrogantes. Sabemos que é uma jornada em que teremos oportunidades".
A iniciativa foi batizada de “Projeto Cerrado”, em referência à sua localização geográfica em Mato Grosso do Sul, e amplia em aproximadamente 20% a atual capacidade de produção de celulose da Suzano, de 10,9 milhões de toneladas.
A Suzano tem 11 fábricas em operação no Brasil e uma capacidade instalada de 10,9 milhões de toneladas de celulose de mercado. São 1,4 milhão de toneladas de papéis por ano produzidas.
Durante a construção, o empreendimento deve gerar cerca de 10 mil empregos diretos no pico da obra, além de milhares de empregos indiretos em toda a região. Quando concluída, a nova unidade deve empregar 3 mil pessoas.