ESG

Iniciativa Empresarial em Clima lança guia gratuito para ajudar empresas a participarem da COP27

A publicação gratuita é uma parceria entre CEBDS, CDP, FGV EAESP, Instituto Ethos e Pacto Global

Empresas na COP27: estudo ajuda empresas enxergarem as oportunidades para uma economia carbono zero (JarnoVerdonk/Mark Fox/Getty Images)

Empresas na COP27: estudo ajuda empresas enxergarem as oportunidades para uma economia carbono zero (JarnoVerdonk/Mark Fox/Getty Images)

A Iniciativa Empresarial em Clima (IEC) – que é composta por CEBDS, CDP Latin America, FGV EAESP, Instituto Ethos e Pacto Global da ONU no Brasil – divulga o novo Guia de Participação Empresarial na COP27. O documento, que é o resultado direto da colaboração entre instituições empresariais, procura auxiliar as empresas a se inteirar da Conferência do Clima que acontecerá dos dias 6 a 18 de novembro em Sharm El-Sheikh, no Egito. 

“Essa pesquisa sistematiza discussões atuais acerca dos problemas, possíveis soluções e principais forças políticas em diversos segmentos da economia brasileira a partir de uma perspectiva e framework comuns, facilitando a identificação de sinergias que podem auxiliar na transição para uma economia de baixo carbono”, afirma Gustavo Velloso Breviglieri, pesquisador do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Escola de Administração de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGVces). 

Com cerca de 30 páginas, a publicação quer nortear a participação do setor empresarial na COP27 e ajudar as empresas a identificar oportunidades de ação com relação às mudanças climáticas. O material também traz uma atualização sobre outras publicações feitas pelo IEC. 

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“Uma das contribuições do estudo é ressaltar a importância de um ambiente político favorável para que políticas climáticas sejam adotadas (e mantidas). Ou seja, é necessário que diferentes atores tenham “propriedade” da política e “lutem” para mantê-la em funcionamento. É também necessário assegurar que políticas de clima e de controle do desmatamento estejam alinhadas com as necessidades de crescimento econômico e geração de empregos do país”, comenta Breviglieri. 

O Guia de Participação Empresarial na COP27 traz detalhes do evento e o que será discutido – assim, as empresas podem participar como observadoras das repercussões. Além disso, o material destaca os principais objetivos e pontos de negociação da COP27, como financiamento e adaptação, sobretudo em países em desenvolvimento. 

O documento fala sobre políticas climáticas e de desmatamento, políticas de transporte, energia e gestão de resíduos e políticas voltadas para promover a neutralidade climática. Para Breviglieri, a economia carbono-neutra significa uma oportunidade para o país.  “De forma mais geral, a transição para uma economia carbono-neutra no Brasil oferece uma oportunidade, e até reforça uma necessidade, de maior engajamento de diferentes atores em nível local e da procura e colaboração junto a grupos economicamente relevantes, como associações ou representantes de produtores rurais e da indústria, dispostos a trabalhar por e defender políticas públicas compatíveis com essa nova economia”. 

Como as empresas podem participar da COP27?

A COP é um evento que desperta interesse das empresas comprometidas com a agenda climática pela relevância do evento. O documento mostra como existem oportunidades de participação e de negócios, além de trazer expectativas sobre o que pode acontecer nesta edição. 

A Conferência do Clima tem dado espaço cada vez maior para os diferentes atores da sociedade civil, que vão desde o setor privado até os governos. Por isso, as empresas têm participado cada vez mais, buscando oportunidades como novos mercados, investimento em tecnologias de baixo consumo energético e novas fontes de energia renovável.

"Com governança frágil, informalidade, falta de capacidades e recursos dos governos (locais) e incerteza legal e jurídica, simplesmente “acoplar” novas leis, políticas e programas “em cima” dos já existentes pode não trazer os resultados esperados. É preciso uma perspectiva mais abrangente, focada nos processos que resultam em mudanças estruturais, por exemplo, nos incentivos encarados por comunidades locais, produtores rurais, empresas de logística, ao invés da implantação de medidas de curto-prazo e foco restrito", conclui Breviglieri.

Para acessar o documento na íntegra, basta clicar aqui.

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