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Índia avança em energias limpas com 22 GW em 2025, mas carvão segue como favorito

Alta na adoção de fontes renováveis foi de 56%, mas atingir a meta de 500 GW até 2030 é desafio difícil de realizar

Para expandir a utilização de fontes renováveis, o país precisaria aumentar os investimentos em infraestrutura (Luis Salvatore/Pulsar)

Para expandir a utilização de fontes renováveis, o país precisaria aumentar os investimentos em infraestrutura (Luis Salvatore/Pulsar)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 22 de julho de 2025 às 11h47.

Última atualização em 22 de julho de 2025 às 13h57.

A Índia tem avançado na sua capacidade de energia limpa, com fontes renováveis já ultrapassando a parcela de combustíveis fósseis.

No primeiro semestre de 2025, as fontes renováveis registraram um crescimento recorde no país.

Ao todo, 22 GW de capacidade limpa foram adicionados à Índia de janeiro a junho, uma alta de 56% na comparação com o ano anterior. Os dados são da Autoridade Central de Eletricidade, organização do governo indiano.

Transição energética na Índia

A partir do aumento das hidrelétricas e energias nucleares, a Índia espera instalar 500 GW de fontes limpas até 2030, prazo desacreditado por especialistas por conta da lentidão com que o processo andava.

Apesar dos avanços, o carvão segue como principal fonte energética do país, sendo responsável por 75% da geração de energia. A Índia, que é o terceiro maior emissor de carbono do mundo, segue em busca de expandir a capacidade de carvão, fonte mais barata que outras energias.

Energias renováveis

Além disso, para expandir a utilização de fontes renováveis, o país precisaria aumentar os investimentos em infraestrutura, especialmente de armazenamento de energia, para conferir estabilidade aos fluxos intermitentes de energia solar e eólica.

De acordo com o vice-presidente de energias renováveis da Rystad Energy, Sushma Jagannath, ouvido pela Bloomberg, a Índia não está passando por uma verdadeira transição energética. “O carvão continuará sendo fundamental para os esforços de eletrificação, o que compromete o progresso rumo às metas de zero emissões líquidas da Índia”, explica.

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