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Gabriel Estevam Domingos, da Ambipar: executivo faz um chamado para que as empresas levem os seus desafios (Ambipar/Divulgação)
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Publicado em 29 de julho de 2022 às 09h00.
Última atualização em 1 de agosto de 2022 às 11h27.
A Ambipar atua em duas frentes: a Response, de onde partem os atendimentos por terra e ar quando ocorrem emergências ambientais; e a Environment, responsável pela gestão e valorização de resíduos. Faz parte dessa última frente um laboratório próprio, em Nova Odessa, na região metropolitana de São Paulo. É lá que um time de pesquisadores conta com uma infraestrutura de ponta para desenvolver tecnologias, processos e produtos com foco na economia circular.
“O que eles fazem é, basicamente, trazer o resíduo, e desenvolver o processo de forma que ele volte para a cadeia produtiva através de um novo produto ou um novo processo”, explica Gabriel Estevam Domingos, Diretor Corporativo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Ambipar.
Entre os exemplos está o Eco Álcool 46, um produto feito a partir de resíduos de grãos recolhidos de regiões portuárias e transformado através de um processo de fermentação. Ele é aproveitado não só para a desinfecção de ambientes, suprindo uma alta demanda, principalmente por conta da covid-19, como no abastecimento de toda a frota de veículos da Ambipar.
Outro exemplo da transformação de resíduos em produtos vem da indústria farmacêutica. Com a ajuda de pesquisadores da Ambipar, cápsulas de colágeno que iriam para aterros sanitários se tornam abrigo para sementes de árvores nativas e adubo orgânico (feito a partir de sobras da indústria de papel e celulose). As sementes são espalhadas por florestas, promovendo o reflorestamento de áreas degradadas. Segundo a Ambipar, um único voo de drone é capaz de carregar de 1000 a 3000 biocápsulas.
Esses são apenas alguns exemplos de produtos feitos pela Ambipar, que também obtido sucesso na transformação de restos de creme e de perfume em domissanitários como shampoos para carro, pastilhas sanitárias e desinfetantes – inclusive homologados para desinfecção contra a covid-19.
“É preciso sair do padrão de utilização, consumo e descarte e fazer com que os resíduos voltem para a cadeia produtiva através de produtos de grande utilidade”, alerta Domingos. O executivo destaca ainda que as empresas que não buscarem o lucro com propósito ficarão para trás. “O mercado regula tudo e vai regular também empresas que não tenham coerência e operem ancoradas em uma agenda ambiental.”