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Incêndios florestais no Brasil afetam 11,2 milhões de pessoas e prejuízos chegam a R$ 1,1 bi

Dados da Confederação Nacional dos Municípios, quando comparados a 2023, mostram crescimento alarmante dos impactos na vida da população, na economia e nas cidades

Alerta: Manaus está entre os 538 municípios que decretaram situação de emergência por conta dos incêndios (Getty Images)

Alerta: Manaus está entre os 538 municípios que decretaram situação de emergência por conta dos incêndios (Getty Images)

Publicado em 18 de setembro de 2024 às 15h56.

Cerca de 11,2 milhões de pessoas , segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), já foram diretamente afetadas por incêndios florestais nas cidades brasileiras desde o início de 2024. A entidade estima que os prejuízos econômicos com as incêndios e queimadas cheguem a R$ 1,1 bilhão. O cálculo usou como base os dados do Sistema Integrado de Informações de Desastres (S2ID), ligado à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil - SEDEC, braço do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.

Segundo os dados, do início do ano até segunda-feira, 16, 538 municípios decretaram situação de emergência por conta dos incêndios. “O crescimento é alarmante quando é feita a comparação com o ano passado, com 3.800 pessoas afetadas e apenas 23 municípios tendo decretado situação de emergência”, disse a CNM.

O Brasil teve 9,3 milhões de pessoas afetadas e mais de R$ 43 bilhões em prejuízos econômicos neste ano, mostra o levantamento, que usou informações sobre decretos de emergência por seca/estiagem nos municípios brasileiros.

Os números de 2024 são bem superiores aos do ano passado, quando a população afetada por incêndios florestais era de 630,7 mil pessoas, em 120 municípios.

11,2 milhões de pessoas já foram diretamente afetadas por incêndios florestais nas cidades brasileiras desde o início deste ano. Os números constam de levantamento feito pela entidade, que calcula os prejuízos econômicos com as queimadas em R$ 1,1 bilhão, segundo a CNM

Emergência: dados da CNM mostram o crescimento do impacto dos incêndios e queimadas na vida das pessoas e na economia (CNM/Divulgação)

A CNM se posiciona favoravelmente à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 31/2024, que institui o Conselho Nacional de Mudança Climática, a Autoridade Climática Nacional e o Fundo Nacional de Mudança Climática.

O conselho deverá ser composto pelos presidentes da República, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Pela proposta, também participarão do colegiado um ministro de Estado, três governadores de Estado, eleitos entre si; três representantes dos municípios, escolhidos pelo conjunto dos chefes do Poder Executivo municipal; e a Autoridade Climática Nacional.

Funções da Autoridade Climática

A Autoridade Climática Nacional será nomeada pelo Presidente da República dentre os integrantes de lista tríplice elaborada pelo Conselho Nacional de Mudança Climática, para exercício em período coincidente com o mandato de deputado federal, com direitos e deveres de ministro de Estado.

Caberá à Autoridade Climática subsidiar a execução e implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima; regular e monitorar a implementação das ações e metas setoriais de mitigação, de adaptação e de promoção da resiliência às mudanças do clima; e realizar articulação interministerial das políticas climáticas, entre outras atribuições.

A proposta destina ainda 3% da arrecadação dos Impostos de Renda e sobre Produtos Industrializados (IPI), ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima.

“A Confederação justifica essa medida porque o modelo tradicional de aplicação de recursos públicos não tem produzido resultados adequados na promoção de medidas efetivas que possam prevenir e enfrentar as consequências da mudança climática”, diz a instituição. (com Agência Brasil)

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