ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

iFood, Connecting Food e mais 20 empresas se organizam em coalizão para combate à fome

22 empresas do ramo alimentício se unem em movimento para fomentar a segurança alimentar, tendo em vista os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU

Desperdício de alimentos: Ação une 22 empresas para lidar com o descarte e a recolocação de alimentos no Brasil (Grano Alimentos/Reprodução)

Desperdício de alimentos: Ação une 22 empresas para lidar com o descarte e a recolocação de alimentos no Brasil (Grano Alimentos/Reprodução)

Fernanda Bastos
Fernanda Bastos

Repórter de ESG

Publicado em 21 de março de 2023 às 11h13.

 Nesta terça-feira, 21, o movimento Todos à Mesa, que se propõe a reduzir a fome e o desperdício de alimentos no Brasil, reúne empresas associadas no primeiro encontro presencial de líderes para atrair mais empresas para o movimento. Hoje, o projeto conta com 22 companhias multinacionais – dentre elas, Bauducco, Carrefour, Connecting Food, Danone, iFood, Mondelez, Nestlé, Pepsico – e, tem pretensão de contar, até 2025, com a adesão de 60 empresas. "O movimento Todos à Mesa responde com ações imediatas para que as empresas levem essas iniciativas para dentro das estratégias ESG, pensando nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2, 12.3 e 17", afirma Alcione Pereira, CEO da Connecting Food e uma das fundadoras do Todos à Mesa, em entrevista para a EXAME ESG.

A ação, que começou em 2020 e se consolidou com um maior número de empresas no ano seguinte, já distribuiu mais de 7 mil toneladas de alimentos para o consumo e impactou cerca de 3 milhões de pessoas, segundo o grupo. A conta é feita a partir do dado da ONG Ação da Cidadania que diz que uma cesta básica de 10kg de alimento impacta uma família de pessoas. O projeto nasceu  durante a pandemia para arrecadação de cestas básicas e insumos, segundo Pereira. A CEO ainda ressalta que ainda é pouco comum a abordagem das empresas na questão do desperdício e combate à fome, que estão ligados aos pilares 'E' (do inglês, environmental) e 'S' (do inglês, social). As estratégias definidas são acordadas entre todos os membros para serem incorporadas no dia a dia das companhias participantes.

Com o mote “se não nós, quem?”, o evento desta terça-feira teve como objetivo central três pilares, comprometimento das empresas com o fortalecimento de redes de captação e distribuição de alimentos para organizações sociais, diminuição da fome imediata pela articulação regulatória e promoção do assunto pela educação e conscientização para a sociedade civil. O movimento, que tem como embasamento a lei 14.020 que permite a doação de alimentos, está intrinsecamente ligado à Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas), que prevê os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), como reduzir pela metade o desperdício de alimentos e erradicar a fome, garantindo alimentos nutritivos a todos até 2030. 

"Tenho certeza que o encontro é mais um grande passo que damos conjuntamente para o combate à fome, é super importante o engajamento das altas lideranças e mais do que isso, com compromisso reforçado de atuação e açoes afirmativas no combate à fome no Brasil", afirmou André Borges, head de sustentabilidade do iFood.

Durante o evento dos líderes, a coalizão lançou o Guia de Doações, um manual para orientar empresas que querem implementar processos de doação de alimentos. O material explica como o movimento se conecta com a Agenda 2030, além de trazer informações sobre o processo de doação e isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), imposto que incide sobre a circulação de alimentos.

"Nosso objetivo é compartilhar as boas práticas para ensinar outras empresas, de pequeno e médio porte, a fazer a doação da maneira correta melhorando os processos e as que não fazem, passarem a fazer. A iniciativa privada precisa assumir o protagonismo, aqui trabalhamos juntos para resolver um problema do Brasil, que é tão importante. Quem tem fome tem pressa e precisamos resolver isso para cuidarmos de outras questões estruturais do país", disse Borges.  

Além disso, o Todos à Mesa se tornou membro da campanha global Pledge 123, coordenada pela Champions 12.3, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) e Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). A reunião das empresas para propor uma gestão melhor dos alimentos tem apoio do holandês Paul Polman, referência em estratégias para negócios sustentáveis e de impacto positivo. O movimento foi co-idealizado pelo iFood e Connecting Food. 

"É fundamental que a liderança das grandes empresas, como C-levels e CEOs, abordem e tomem como prioridade os impactos socioambientais das suas coorporações. É necessário entrar na agenda estratégica e, para isso, é fundamental ter uma mudança de consciência das lideranças das grandes empresas brasileiras para a importância das práticas ESG entrarem nas suas estratégias e serem práticas efetivas. Não estamos mais em uma época de adiar soluções relacionadas a sustentabilidade", conclui Pereira.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasSustentabilidadeAlimentosIndústrias de alimentos

Mais de ESG

O que tem levado o Brasil a uma situação caótica com incêndios generalizados?

IBGE: quase 90% das empresas tiveram alguma prática ambiental em 2023

ISA CTEEP apoia novo projeto de créditos de carbono para preservação de 40 mil hectares na Amazônia

Crise climática: as capitais brasileiras há mais tempo sem chuvas