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Hidrogênio verde: obtido da eletrólise da água realizada com fontes de energia limpa, ele é uma das maiores apostas do mundo para a descarbonização
Redação Exame
Publicado em 10 de janeiro de 2024 às 16h56.
Última atualização em 12 de janeiro de 2024 às 15h45.
O hidrogênio verde é uma inovação energética que está moldando o futuro sustentável. Descubra como essa fonte de energia limpa está revolucionando diversos setores.
Este artigo explora o potencial transformador dessa tecnologia, sua produção ambientalmente amigável e seu papel crucial na transição para uma economia de baixo carbono.
O hidrogênio verde é uma forma limpa e sustentável de produzir hidrogênio, um gás amplamente utilizado na indústria e como potencial fonte de energia.
A sua distinção fundamental reside na maneira como é produzido: utilizando energia renovável, como a solar ou eólica, para realizar a eletrólise da água, separando-a em hidrogênio e oxigênio.
Esse processo é livre de emissões de carbono, pois não utiliza combustíveis fósseis, tornando sua produção uma opção ambientalmente amigável.
Além de entender o que é hidrogênio verde, é preciso saber que ele possui diversas aplicações promissoras, incluindo como combustível para veículos de células de combustível, armazenamento de energia, e até mesmo na produção de materiais sustentáveis.
No entanto, os desafios incluem o alto custo da eletrólise e a necessidade de expandir a infraestrutura de produção e distribuição.
À medida que a demanda por energias limpas aumenta, esse combustível desempenha um papel crucial na transição para uma economia mais verde e na redução das emissões de carbono. Diversas empresas já estão buscando adotar inovações sustentáveis em seus negócios.
O hidrogênio verde é obtido por meio de um processo chamado eletrólise da água, que envolve a separação da água (H2O) em hidrogênio (H2) e oxigênio (O2) utilizando eletricidade.
Esse processo é realizado de forma limpa e sustentável, utilizando energia renovável, como a solar ou eólica, para alimentar a eletrólise. O hidrogênio verde no Brasil e no mundo é uma aposta para o futuro.
Primeiro, a água é colocada em um eletrólito, geralmente uma solução de água com substâncias condutoras, para facilitar a passagem de corrente elétrica.
Em seguida, são aplicadas correntes elétricas na água, que passam por eletrodos, causando a reação química que separa as moléculas de água em hidrogênio e oxigênio. O hidrogênio é coletado em um lado do processo, enquanto o oxigênio é coletado no outro.
Este método de produção de hidrogênio é altamente eficiente e não gera emissões de carbono, tornando-o uma fonte de hidrogênio ambientalmente amigável.
O hidrogênio verde é uma alternativa promissora para substituir o hidrogênio tradicionalmente obtido a partir de combustíveis fósseis, contribuindo assim para a redução das emissões de gases de efeito estufa. É fundamental para o processo de adaptação climática usar tecnologias desse tipo.
O hidrogênio verde tem um impacto positivo significativo no meio ambiente. A produção de hidrogênio verde é ambientalmente amigável, pois utiliza energia renovável, como solar ou eólica, na eletrólise da água, sem a emissão de gases de efeito estufa.
Isso contrasta com o hidrogênio cinza, que é produzido a partir de fontes não renováveis, como gás natural, resultando em emissões de dióxido de carbono.
Seu uso como combustível em veículos de células de combustível ou em processos industriais pode reduzir as emissões de carbono e melhorar a qualidade do ar, uma vez que a única emissão ao queimar hidrogênio é vapor de água.
Além disso, o hidrogênio verde pode ser usado para armazenar energia excedente de fontes renováveis, contribuindo para a estabilização das redes elétricas e a transição para sistemas de energia mais limpos.
No entanto, é importante considerar que a produção desse elemento ainda enfrenta desafios, como o custo inicial e a necessidade de infraestrutura.
A extração e transporte dos recursos necessários para a produção de eletricidade renovável também podem ter impactos ambientais. Portanto, o desenvolvimento sustentável dessa substância depende de abordagens equilibradas e da minimização desses desafios.
No geral, ele tem o potencial de desempenhar um papel crucial na mitigação das mudanças climáticas e na preservação do meio ambiente. Usar essa tecnologia pode ser importante para os objetivos ambientais dentro da Agenda 2030.
O hidrogênio verde oferece uma série de vantagens e desvantagens que precisam ser consideradas em sua utilização.
Uma das principais vantagens é sua baixa pegada de carbono, já que sua produção envolve eletrólise da água com energia renovável, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa.
Além disso, ele é versátil, sendo aplicável em veículos de células de combustível, armazenamento de energia e processos industriais, contribuindo para a descarbonização em diversos setores.
No entanto, sua produção também enfrenta desafios. Seu custo inicial é geralmente mais alto do que o hidrogênio cinza, produzido a partir de combustíveis fósseis.
A infraestrutura para produção, transporte e armazenamento de hidrogênio verde ainda é limitada e requer investimentos significativos.
Além disso, o processo de eletrólise pode ser ineficiente, consumindo eletricidade e recursos naturais. Também há desafios tecnológicos relacionados ao armazenamento de hidrogênio a longo prazo. Pensar em soluções para esses problemas pode ajudar a implementar as metas ambientais da COP28, por exemplo.
O hidrogênio está disponível em várias cores, cada uma representando a forma como é produzido e seu impacto ambiental associado.
O "hidrogênio preto" provém da gaseificação do carvão mineral (antracito) sem a utilização de tecnologias de captura de carbono (CCUS).
O "hidrogênio cinza" é produzido por meio da reforma a vapor do gás natural, também sem a aplicação de CCUS. O "hidrogênio marrom" é gerado pela gaseificação do carvão mineral (hulha) sem CCUS.
O "hidrogênio branco" é extraído de fontes naturais ou geológicas de hidrogênio. O "hidrogênio musgo" é obtido por meio de processos de reforma catalítica, gaseificação de plásticos residuais ou biodigestão anaeróbica de biomassa, podendo ou não envolver o CCUS.
O "hidrogênio turquesa" é produzido pela pirólise do metano, sem emissões de CO2. O "hidrogênio rosa" é derivado de fontes de energia nuclear. O "hidrogênio azul" resulta da reforma a vapor do gás natural (e, eventualmente, de outros combustíveis fósseis) com a utilização do CCUS.
Por fim, o "hidrogênio verde" é gerado por eletrólise da água utilizando energia de fontes renováveis, principalmente eólica e solar, caracterizando-se como a forma mais limpa e ambientalmente amigável de produção de hidrogênio.
Cada tipo de hidrogênio tem suas próprias implicações em termos de emissões de carbono, eficiência e sustentabilidade, desempenhando papéis distintos na busca por uma economia mais verde. É importante buscar medidas de gestão sustentável, visando estratégias de longo prazo.
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