Apoio:
Parceiro institucional:
Kátia Barros, fundadora da Farm, e Roberto Jatahy, CEO do Soma (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de ESG
Publicado em 11 de junho de 2023 às 18h00.
Última atualização em 13 de junho de 2023 às 11h00.
Quando o Grupo Soma realizou seu IPO, em 2020, não contava com uma área específica de sustentabilidade. Hoje, pelo menos 17 pessoas se dedicam ao tema. Segundo Taciana Abreu, head de sustentabilidade, o desafio foi criar uma cultura focada no ESG para marcas com diferentes graus de maturidade no tema.
“O que nos ajudou a estruturar as boas práticas foram as metas corporativas desdobradas em metas por marcas. Um exemplo foi a inclusão do tema no planejamento estratégico de 2023 de todas as marcas no grupo por meio do Workshop ESG, impactando mais de 90 líderes.”
Na frente que trata das emissões, a companhia é carbono neutro desde 2020. Além disso, há compromissos alinhados com as metas de soluções com base na ciência aprovadas pela Science-Based Targets initiative (SBTi) para ser net zero até 2030 nos escopos 1 e 2 e até 2050 no escopo 3.
A companhia atingiu, em 2022, o compromisso de plantar 1 milhão de árvores em todos os biomas do Brasil por meio do programa Mil Árvores por Dia, Todos os Dias, da marca Farm. “Estamos olhando para a neutralização das emissões ao tornar a operação mais sustentável, buscar matérias-primas com menor impacto e influenciar mudanças na cadeia. Um exemplo é a busca por uma fibra que garanta a redução de 50% das emissões”, diz Abreu.
De acordo com a executiva, a energia renovável também é foco da companhia. A marca Hering já opera com 99% de energia renovável, além de mais de 60 lojas e o escritório corporativo, que chegam a 100%. “Estamos acelerando essa transição energética nas lojas e nas demais etapas da operação.”
Ainda na marca Hering, um case de sucesso é o da camiseta World, que gasta 33% menos energia e água quando comparada com a produção de 2019. Já em relação aos resíduos têxteis, em 2022 mais de 211 toneladas de sobras foram recicladas ou doadas, apoiando parceiros e gerando mais de 2 milhões de reais para artesãs.
Na frente de diversidade e inclusão, cerca de 70% do grupo é formado por mulheres, mais da metade em cargos de liderança. Na marca Animale, a meta é ter 25% de mulheres negras em cargos de liderança até 2030. “Atualmente, 48% dos nossos profissionais são pessoas negras, mas trabalhamos para avançar na diversidade étnico-racial nos cargos de liderança.”
Por isso, a companhia fará um programa de aceleração, além de treinamentos contínuos sobre inclusão. “Na prática, temos cada vez mais estruturadas as três áreas do ESG por meio de treinamentos, cultura e metas assertivas para os próximos anos que estão no radar de todos os funcionários”, finaliza Abreu.