Guilherme Weege, CEO do Grupo Malwee (Leandro Fonseca/Exame)
Globalmente, a indústria da moda produz ao redor de 80 bilhões de peças por ano, e essa produção deixa sua marca no planeta. Esse setor é responsável por 8% a 10% das emissões de carbono no mundo, 20% da poluição dos rios, e ao redor de 23% da produção de produtos químicos é consumida pela indústria da moda. Esses números mostram quanto é urgente pensar na moda sustentável.
“Muita gente me pergunta se é mais caro produzir de forma sustentável. Com o desenvolvimento de novas tecnologias, não necessariamente é mais caro, mas dá mais trabalho”, diz Guilherme Weege, CEO do Grupo Malwee.
Ao longo de sua história, o grupo catarinense sempre se preocupou com as questões socioambientais e, para promover a sustentabilidade, em diversos momentos foi preciso inovar. O investimento em novos processos produtivos fez com que a Malwee tenha o jeans mais sustentável do país e o consumo de água por peça seja 36% menor atualmente do que cinco anos atrás.
Outra medida da empresa diz respeito às emissões de carbono. O Grupo Malwee foi uma das primeiras empresas no Brasil a neutralizar suas emissões com a compra de créditos de carbono, mas essa estratégia foi repensada. “Se todo mundo comprar crédito de carbono, não vai ter floresta suficiente. Precisamos reduzir as emissões e compensar apenas o que não for possível reduzir”, explica Weege. Nos últimos cinco anos, o Grupo Malwee reduziu suas emissões em 75%, e se colocou metas públicas para reduzir em mais 50% nos próximos cinco anos.
Na nova era do capitalismo de stakeholder, Weege destaca o importante papel do consumidor. “É ele quem vai mudar o setor, pois tem o poder de cobrar suas marcas. O consumidor precisa de transparência, tem de saber o impacto da peça que está comprando”.
Veja no link abaixo o vídeo completo sobre o Grupo Malwee no novo episódio do ESG360.