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Grandes petrolíferas elevam retornos de ETFs e até de fundos ESG

Com a forte recuperação dos preços do petróleo, fundos de índice que rastreiam combustíveis fósseis mostram um dos melhores desempenhos dos Estados Unidos neste ano

Com a forte recuperação dos preços do petróleo, fundos de índice que rastreiam combustíveis fósseis mostram um dos melhores desempenhos dos Estados Unidos neste ano (BP/Divulgação)

Com a forte recuperação dos preços do petróleo, fundos de índice que rastreiam combustíveis fósseis mostram um dos melhores desempenhos dos Estados Unidos neste ano (BP/Divulgação)

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Bloomberg

Publicado em 30 de abril de 2021 às 17h50.

Última atualização em 30 de abril de 2021 às 18h03.

Com a forte recuperação dos preços do petróleo, fundos de índice que rastreiam combustíveis fósseis mostram um dos melhores desempenhos dos Estados Unidos neste ano. Curiosamente, a alta do petróleo também tem sido muito boa para produtos que visam proteger o meio ambiente.

Devido à peculiaridade na forma como muitos índices ambientais, sociais e de governança são montados, os chamados fundos ESG detêm participações em grandes produtoras de petróleo, como Exxon Mobil e Chevron.

Além desses dois gigantes da energia, o maior ETF nessa categoria — o ETF iShares ESG Aware MSCI USA (ESGU) — tem Hess e Marathon Petroleum entre suas ações. O ETF SPDR S&P 500 ESG (EFIV) e o FlexShares STOXX Global ESG Impact Index Fund (ESGG) também contam Exxon e Chevron como posições.

“Esta é provavelmente uma das ironias mais definitivas que você poderia imaginar”, disse Eric Balchunas, analista de ETF da Bloomberg Intelligence. “Alguns ETFs ESG são formados para ficar muito próximos do benchmark. Dessa forma, você não se desvia muito do S&P, mas definitivamente dilui a natureza ESG.”

Enquanto americanos aumentam o uso de gasolina e embarcam em viagens de avião depois de ficarem presos em casa, os preços do petróleo finalmente se recuperam. As ações da Exxon e Chevron acumulam alta acima de 25% em 2021.

A retomada também impulsionou fundos como o ETF SPDR S&P Oil & Gas Exploration (XOP) e o ETF VanEck Vectors Oil Services (OIH). Esses voltam a atrair investidores, e os fluxos para o OIH já superam as entradas totais em 2020, segundo dados compilados pela Bloomberg. Também superam o desempenho do S&P 500 neste ano.

A razão pela qual petroleiras aparecem em fundos ESG ao lado de ações mais tradicionalmente verdes, como da Tesla e da Enphase Energy, tem a ver com a metodologia dos índices. O indicador da MSCI que o ETF ESGU rastreia filtra empresas envolvidas em armas civis, armamento polêmico, tabaco, carvão térmico e areias petrolíferas. A Exxon responde por quase 0,6% do fundo, em comparação com a participação de quase 0,7% do SPDR S&P 500 ETF Trust (SPY).

Um porta-voz da BlackRock disse que o ESGU pretende incluir empresas com características ESG positivas em todos os setores. A gestora de ativos acrescentou que oferece outros fundos que excluem explicitamente empresas de combustíveis fósseis e visa fornecer opções aos clientes.

A BlackRock também usa o voto por procuração para tomar medidas contra companhias que, na avaliação da gestora, não estão fazendo o suficiente para gerenciar os riscos das mudanças climáticas.
Sue Thompson, responsável por distribuição de ETFs SPDR nas Américas da State Street Global Advisors, observou a importância de oferecer uma gama de opções verdes.

“Dificilmente é possível encaixar tudo no mesmo formato quando se trata de investimentos ESG”, disse. “Diferentes clientes têm diferentes necessidades e visões sobre a melhor maneira de atingir as metas de investimento.”

Quanto ao fundo ESGG, o objetivo é fornecer exposição a todos os setores para que possa ser usado como uma posição de capital principal, disse Chris Huemmer, estrategista de investimento sênior da FlexShares.

“Após uma análise da Exxon e da Chevron em todas as métricas usadas para o setor de energia, as empresas obtiveram pontuação alta o suficiente para inclusão em nossa metodologia de ponta”, disse.
Desde janeiro, o ESGU subiu 12% — quase em linha com o avanço do S&P 500 — enquanto o EFIV e o ESGG ganharam mais de 10% cada um.

A inclusão de empresas de petróleo em um fundo verde aponta para a falta de uma definição clara — pelo menos nos Estados Unidos — do que constitui um investimento ESG.

“Já vi produtos que contêm títulos que você não consideraria ESG ou que se parecem muito com o benchmark S&P 500”, disse Bill Callahan, estrategista de investimentos da Schroders. “Os investidores devem olhar além em um produto que tem ESG no nome, olhar o que está no portfólio e decidir se isso atende aos seus objetivos.”

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