ESG

Patrocínio:

espro_fa64bd
Afya Cinza
Copasa Cinza
Danone Cinza
Ypê cinza

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Governo federal e CNI selam acordo para fortalecer licenciamento ambiental no país

Para ministra Marina Silva, parceria pode ser exemplo sobre como unir agilidade e rigor técnico no licenciamento ambiental

Marina Silva: Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima participa do lançamento oficial e doação de equipamentos para o IBAMA, em 30 de julho de 2025. (Rogério Cassimiro/MMA)

Marina Silva: Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima participa do lançamento oficial e doação de equipamentos para o IBAMA, em 30 de julho de 2025. (Rogério Cassimiro/MMA)

Publicado em 1 de agosto de 2025 às 08h39.

Última atualização em 1 de agosto de 2025 às 09h44.

O governo federal anunciou nesta quarta-feira, 30, em Brasília, uma parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para fortalecer e agilizar os processos de licenciamento ambiental no país.

O acordo, firmado entre a Casa Civil, o Ibama e a CNI, tem como foco modernizar a gestão pública, ampliar a segurança jurídica e promover a inovação nos processos, sem prejuízo à qualidade técnica e ambiental.

“Juntos, o governo e a iniciativa privada podem fazer o que é melhor para os interesses do país”, afirmou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante a cerimônia de lançamento realizada na sede do Ibama.

A ministra defendeu ainda que é possível unir celeridade e rigor técnico nos processos de licenciamento, destacando a importância da colaboração entre os setores público e privado.

Investimento de R$ 1,5 milhão amplia estrutura técnica do Ibama

Como parte da iniciativa, o CNI entregou R$ 1,5 milhão em equipamentos para a Diretoria de Licenciamento Ambiental (DILIC) do Ibama.

A nova infraestrutura inclui drones, câmeras, ferramentas de análise de dados e estações de trabalho, que devem aprimorar as análises técnicas e a organização dos acervos digitais do órgão.

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou que o acordo representa um avanço no fortalecimento institucional do licenciamento ambiental no país.

Parceria busca modernização

O acordo tem base na Lei nº 13.334/2016, que criou o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e prevê o engajamento do setor privado na viabilização de empreendimentos de interesse público.

A proposta é otimizar procedimentos, melhorar a previsibilidade dos processos e qualificar os profissionais envolvidos, sem modificar as atribuições legais dos órgãos ambientais.

Segundo o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, a parceria é mais um passo para garantir que o Brasil consiga conciliar desenvolvimento, geração de emprego e renda com a conservação ambiental.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, elogiou a iniciativa e reforçou a importância do licenciamento como instrumento de equilíbrio entre desenvolvimento e responsabilidade socioambiental.

“O licenciamento ambiental é uma ferramenta essencial para que o país se desenvolva com responsabilidade”, afirmou.

Também participaram do evento autoridades da Casa Civil, representantes da CNI e técnicos do Ibama.

A parceria prevê ainda diagnósticos sobre otimização de processos e ações de formação para servidores e representantes do setor privado.

A tensão do PL do licenciamento

A formalização da parceria ocorre em um momento particularmente delicado para a agenda do licenciamento ambiental no país. Poucos dias antes, a Câmara dos Deputados aprovou o PL 2159/21, que estabelece novas regras para o licenciamento ambiental após 21 anos de tramitação no Congresso.

O texto agora aguarda sanção do presidente Lula, mas enfrenta forte resistência do Ministério do Meio Ambiente, que considera que a legislação afrouxa as regras atuais e pode aumentar atividades em setores com potencial impacto ambiental.

A aprovação do projeto expôs um claro racha dentro do próprio governo federal. Enquanto ministérios como Minas e Energia, Transportes, Agricultura e Casa Civil manifestaram apoio ao texto, a pasta comandada por Marina Silva ficou isolada em sua oposição.

Fontes governamentais indicam que o MMA e o Ibama devem sugerir cerca de 40 vetos ao texto final, sinalizando que a conciliação entre agilidade nos processos e rigor ambiental - defendida na parceria com a CNI - permanece como um dos principais desafios do governo na área.

Acompanhe tudo sobre:ESGMarina SilvaMeio ambienteBrasil

Mais de ESG

NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS: Como empresas podem promover equidade em saúde no Brasil?

‘Não há plano B, pois governo acredita no plano A’, diz presidência da COP30 sobre hospedagens

Primeiro projeto de baterias de sódio do Brasil leva energia limpa ao coração da Amazônia

COP30: setor hoteleiro de Belém rebate críticas sobre preços abusivos