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Google se alinha à tendência corporativa nos EUA e abandona metas de contratação por diversidade

Donald Trump criticou os programas de diversidade das empresas americanas durante a campanha presidencial

Publicado em 6 de fevereiro de 2025 às 08h27.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2025 às 08h27.

O Google (GOOGL) se juntou ao grupo de empresas americanas que reduziram suas iniciativas de diversidade. A empresa confirmou ao site americano Business Insider que irá abandonar a suas metas de contratação de funcionários de grupos sub-representados e disse que está avaliando seus programas de diversidade, equidade e inclusão.

"Estamos comprometidos em criar um ambiente de trabalho onde todos os nossos funcionários possam ter sucesso e ter oportunidades iguais, e, ao longo do último ano, temos revisado nossos programas destinados a nos ajudar a alcançar esse objetivo", disse um porta-voz do Google ao Business Insider.

Em 2020, a gigante de tecnologia estabeleceu uma meta de aumentar em 30% a representação de funcionários negros, latinos e indígenas em cargos de liderança da empresa. De acordo com o relatório de diversidade anual da companhia, a meta foi atingida em 2022.

O Google se junta a um grupo de empresas americanas que diminuíram seus esforços de diversidade após a eleição do presidente Donald Trump. Companhias como Walmart, Ford, John Deere, Tractor Supply Company e Lowe's anunciaram uma redução nos seus esforços de diversidade antes mesmo da posse do presidente, no último dia 20 de janeiro.

A Meta anunciou no mês passado que não terá mais uma equipe focada em diversidade, equidade e inclusão. A varejista Target, recentemente, também afirmou que irá encerrar vários programas relacionados à diversidade.

Em contrapartida, empresas como a varejista Costco e o banco JPMorgan saíram em defesa dos seus programas e políticas de diversidade nas últimas semanas.

Trump criticou os programas de diversidade e as metas de contratação de pessoas de grupos sub-representados das empresas americanas durante a sua campanha presidencial. No seu primeiro dia de volta à Presidência, ele assinou um decreto encerrando todos os programas de diversidade do governo federal e de seus contratados.

O Google fornece, entre outras coisas, serviços de nuvem para o governo americano. Em um email obtido pela agência Reuters, Fiona Cicconi, diretora de pessoal da Alphabet, empresa dona do Google, disse que as equipes internas estão avaliando quais mudanças são necessárias nos programas de diversidade da empresa para cumprir as recentes decisões judiciais e as determinações do Executivo dos EUA.

A empresa irá manter grupos internos de funcionários, como o “Trans at Google”, a “Black Googler Network” e a “Disability Alliance”, que, segundo a empresa, contribuem para a tomada de decisões sobre produtos e políticas.

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