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Google lança primeira IA para monitorar mudanças climáticas na Terra

Modelo foi lançado nesta quarta-feira, 30, e integra uma infinidade de dados e outras soluções tecnológicas para ajudar na tomada de decisão frente aos principais desafios ambientais globais

Com a ferramenta, os usuários podem criar mapas personalizados para apoiar decisões estratégicas e pesquisas em áreas críticas como segurança alimentar, desmatamento, expansão urbana e gestão de recursos hídricos (Freepik)

Com a ferramenta, os usuários podem criar mapas personalizados para apoiar decisões estratégicas e pesquisas em áreas críticas como segurança alimentar, desmatamento, expansão urbana e gestão de recursos hídricos (Freepik)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 30 de julho de 2025 às 12h00.

Última atualização em 30 de julho de 2025 às 12h20.

Monitorar o planeta em tempo real exige uma quantidade de dados gigante e isso o Google tem de sobra. Embora não atue na coleta, a big tech tem parceria com múltiplas fontes públicas, programas governamentais e organizações para abastecer uma rede de data centers espalhados pelo mundo.

Aproveitando sua poderosa infraestrutura de computação em nuvem, a gigante de tecnologia acaba de lançar o primeiro modelo de inteligência artificial voltado para ajudar cientistas e pesquisadores a mapear e acompanhar as mudanças climáticas da Terra de forma mais precisa e eficiente.

Mesmo com uma infinidade de satélites no mundo, um dos grandes desafios da ciência é justamente ter essa visão holística e conectar os diversos conjuntos de dados existentes.

Batizada de "AlphaEarth Foundations", a plataforma passa a fazer parte de um guarda-chuva maior de soluções e modelos espaciais de IA desenvolvida para ajudar pessoas, empresas e organizações a enfrentar os principais desafios ambientais globais. A iniciativa é liderada pelo Google DeepMind em parceria com o Google Earth Engine e foi anunciada nesta quarta-feira, 30.

Segundo a companhia, o diferencial do novo modelo é processar rapidamente uma enorme quantidade de informações sobre observação terrestre e entregar de forma digital e unificada para os internautas. O compilado alimenta o maior banco de dados de propriedade intelectual da Google, o "Satellite Embedding".

Esta base passa a permitir que usuários criem rapidamente mapas personalizados de alta qualidade, apoiando decisões estratégicas e pesquisas em áreas críticas como segurança alimentar, mudanças climáticas, desmatamento, expansão urbana e gestão de recursos hídricos.

Mapbiomas testa tecnologia no Brasil

O Google já vem trabalhando com mais de 50 organizações para testar o conjunto de dados compilados pela a IA em aplicações reais.

No Brasil, o MapBiomas está utilizando a tecnologia lançada para mapear ecossistemas locais e compreender mudanças ambientais, incluindo monitoramento da floresta amazônica.

Mundialmente, o Global Ecosystems Atlas utiliza para classificar ecossistemas não mapeados em categorias como matagais, desertos e zonas úmidas, contribuindo para mitigação climática e relatórios para organizações internacionais como a ONU.

Nick Murray, Diretor do Laboratório de Ecologia Global da Universidade James Cook e Líder Científico Global do Atlas de Ecossistemas Globais, destacou a revolução no trabalho a ajudar os países a mapear ecossistemas desconhecidos. "É essencial para identificar onde concentrar esforços de conservação", disse.

"Pacote" de soluções de IA

Outras funcionalidades do Google que usam inteligência artificial já são amplamente conhecidas e utilizadas por milhões de pessoas como é o caso do Google Search e Maps. O objetivo agora é unificar com outros insights do Google Earth, Google Maps Platform e Google Cloud Platform em um grande "pacotão" de soluções designado "Google Earth AI". 

Os recursos permitem previsões meteorológicas detalhadas, previsão de enchentes, detecção de incêndios florestais e melhorias no planejamento urbano e saúde pública. Além disso, os modelos fornecem uma compreensão abrangente de imagens de satélites, dinâmicas populacionais e mobilidade urbana, destacou a big tech.

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