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Fumaça da Amazônia e Pantanal começa a chegar ao Sudeste e Sul do país

As queimadas que avançam descontroladamente nas duas regiões já avançaram em rotas de mais de 3 mil quilômetros de extensão

Se comparado com o ano passado, o número deste ano é três vezes superior aos 3.165 focos de incêndio verificados entre janeiro e agosto de 2019 (Bruno Kelly/Amazonia Real/Divulgação)

Se comparado com o ano passado, o número deste ano é três vezes superior aos 3.165 focos de incêndio verificados entre janeiro e agosto de 2019 (Bruno Kelly/Amazonia Real/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de setembro de 2020 às 17h08.

Última atualização em 11 de setembro de 2020 às 17h16.

As queimadas que avançam descontroladamente sobre a Amazônia e o Pantanal já se alastram sobre os países vizinhos do Brasil e alcançam municípios das regiões Sudeste e Sul do país, em rotas de mais de 3.000 quilômetros de extensão.

As imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram uma imensa mancha branca de fumaça encobrindo a região sul do Amazonas, seguindo por Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, rumo aos estados de São Paulo e Paraná.

Segundo a Metsul, imagens de satélite mostram um denso corredor de fumaça que avança da região da Amazônia até o Rio Grande do Sul. Mas o instituto de meteorologia enfatiza que essa fumaça, que tem origem nos focos de queimadas, está avançando "primariamente em altitude e não perto da superfície". Isso significa que no momento as pessoas poderão ver uma mudança na coloração do céu por causa disso, mas os índices de qualidade do ar não serão afetados por isso.

Até quinta-feira, 10, os focos de incêndio no bioma Amazônia chegavam a 13.810 ocorrências, o equivalente a 70% do volume verificado nos 30 dias de setembro de 2019. No caso do Pantanal, em apenas dez dias de setembro foram contabilizados 2.550 focos de queimadas, 88% do volume registrado durante todo o mês de 2019.

Os dados mostram que, a despeito de o governo anunciar esforços de combate aos crimes ambientais, com a entrada dos militares nas operações, este ano caminha para ser o mais devastador em relação a registros de incêndios e danos causados pelo fogo, superando os índices do ano passado.

O número de focos de incêndio registrado no Pantanal entre janeiro e agosto deste ano equivale a tudo o que queimou no bioma nos seis anos anteriores, de 2014 a 2019.

Os dados do Inpe revelam que, entre 1º de janeiro e 31 de agosto foi registrado pelos satélites do Instituto um total de 10.153 focos de incêndio no Pantanal, bioma que soma 150.000 quilômetros quadrados, localizados nos estados do Mato Grosso (35%) e Mato Grosso do Sul (65%). O número de focos supera os 10.048 pontos de queimadas contabilizados pelo Inpe entre 2014 e 2019.

Se comparado com o ano passado, o número deste ano é três vezes superior aos 3.165 focos de incêndio verificados entre janeiro e agosto de 2019. Em relação aos 603 focos confirmados em 2018, o cenário deste ano representa uma alta de 1.700%.

No dia 31 de agosto, uma densa fumaça ocasionada por incêndios florestais encobriu a cidade de Cuiabá. A fumaça foi proveniente de queimadas que ocorrem em regiões próximas, como Chapada dos Guimarães, Barão de Melgaço, Poconé e Santo Antônio.

Acompanhe tudo sobre:AmazôniaDesmatamentoPantanal

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